A Universidade do Porto (UP) e a Fundação de Serralves assinaram hoje, quarta-feira, um acordo. Nas cláusulas do protocolo, é definida a “criação e dinamização, pela Fundação Serralves, de um programa de residência de artistas, criadores, críticos de arte, intelectuais”, a quem caberá, para além da “produção artística e intelectual”, a “promoção e participação em atividades colaborativas” com estudantes e professores da UP. Esta sinergia poderá ser feita, diz o acordo, através de “ateliês, workshops, seminários, aulas práticas e conferências”.

Além disso, o protocolo estabelece, também, a “criação de um espaço de programação artística destinada a jovens artistas ainda não consagrados” e o acesso, por parte da Fundação Serralves, à base de dados que vai permitir a divulgação das ações culturais da instituição.

As faculdades da UP que vão beneficiar mais diretamente com o protocolo são as que mais se relacionam com as disciplinas de Arquitetura, Belas-Artes, Arquitetura Paisagista, Filosofia, História de Arte, Estética, Ambiente, Ecologia e Biologia.

“Ambas as instituições vão tirar partido deste protocolo”

Na cerimónia de assinatura do protocolo estiveram presentes o reitor da UP, José Carlos Marques dos Santos, e o presidente da Fundação de Serralves, Luís Braga da Cruz.

Minutos antes da assinatura do protocolo, Luís Braga da Cruz afirmou que o compromisso estabelecido é positivo para ambas as partes, já que “Serralves interessa-se por
tudo o que é do nosso tempo e converge com a Universidade do Porto em vários pontos, nomeadamente na formação das novas gerações”.

Por outro lado, o reitor da Universidade do Porto revela-se satisfeito com a parceria que vai ao encontro dos interesses da UP, que tem adotado “uma postura de abertura à sociedade e de ligação às entidades que, na cidade, podem contribuir para o nosso próprio desenvolvimento”. Marques dos Santos defende, ainda, que este protocolo vai favorecer a formação dos alunos, já que lhes proporciona a possibilidade de “ter acesso a um conjunto de iniciativas que valorizam muito a sua formação”. “Hoje é reconhecido que a formação de um universitário não pode ser só tecno-científica”, diz.

O protocolo é válido por dois anos a contar a partir da sua data de assinatura, e é renovado automaticamente por iguais períodos de tempo.