O portal Portugal Economy Probe foi apresentado, ontem, quarta-feira, em Lisboa e pretende “agregar num local toda a informação que se produz sobre a economia portuguesa e o sistema financeiro, que é fundamental para os decisores económicos tomarem decisões”, explica Miguel Athayde Marques, ao JPN.

O site foi proposto para divulgar e promover a situação real da economia portuguesa, reunindo informação estatística e de relatórios “dividida por temas, numa ótica daquilo que é a lógica de informação e conhecimento dos participantes no mercado de capitais a nível mundial, cujas decisões influenciam, e de que maneira, a nossa economia e futuro”, esclarece o coordenador do projeto.

Entre as sete instituições que “decidiram pensar o que é que se poderia fazer para melhorar a imagem de Portugal no exterior” estão a Associação Portuguesa de Bancos, o Banco Espírito Santo, a Caixa Geral de Depósitos, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Luso-Americana, a Fundação Oriente e o grupo Impresa. A ideia surgiu, também, da noção de que a informação sobre a economia portuguesa se encontra “dispersa por muitas fontes”.

Preencher uma lacuna

“A sociedade civil tomou a iniciativa de fazer algo por Portugal, colmatar uma lacuna, a inexistência de um local com toda a informação relevante sobre Portugal”, justifica Miguel Athayde Marques. O ex-presidente da Bolsa portuguesa diz que, nos mercados, “as pessoas têm pouco tempo, querem respostas rápidas”, e não existia um sítio onde pudessem satisfazer essa necessidade de informação. Nem todos os decisores económicos têm um “conhecimento profundo e atualizado da nossa realidade”, reflete Athayde Marques, pelo que se torna “perigoso quando se tomam decisões”.

O site divide-se em quatro grandes temas: “Invest in Portugal”, numa “lógica de investimento direto”; “Visit Portugal”, para quem tem curiosidade em visitar o país; “Study” e “Research in Portugal”, com o intuito de dar a conhecer a forte presença do país a “nível de investigação e desenvolvimento”. Contrariamente ao que é conhecido lá fora, “Portugal já atrai muitos estudantes internacionais”, afirma Miguel Athayde Marques.

A informação que se pode encontrar na página é “de fácil acesso”, garante, e útil não só para decisores económicos mas também “líderes de opinião, jornalistas internacionais, estudantes e professores universitários”.

O portal ainda se encontra na versão beta, mas dentro de 15 dias torna-se definitivo. A promoção já começou a ser feita junto da comunidade de investidores internacional e conta com a colaboração de várias instituições. “O projeto só foi realizável com a boa vontade e apoio de todas as instituições que contribuem com informação”, afirma Miguel Athayde Marques.