O Vaticano vai ter, no próximo dia 30 de março, a sua conta encerrada pelo banco JP Morgan, que o considera um cliente de risco. De acordo com o jornal italiano “Il Sore 24 Ore”, que cita uma carta enviada pela instituição financeira à Santa Fé, as causas do encerramento prendem-se com falta de informações obrigatórias de acordo com a lei contra a lavagem do dinheiro.

O banco do Vaticano, IOR, não respondeu aos pedidos de mais informações acerca de certos pagamentos transferidos da sua conta, disse o banco norte-americano, lembrando à Santa Fé que atividades bancárias da filial em Milão estão reguladas “tanto pelas leis do estado italiano, como pelos seus regulamentos internos”, segundo o Expansíon.

Desde 2009 que o banco do Vaticano é cliente do JP Morgan e está a ser investigado já há algum tempo pela Procuradoria de Roma por violações de lei contra lavagem de dinheiro. Esta conta tem uma característica singular: todo o dinheiro depositado diariamente na conta é transferido para a conta do IOR no JP Morgan de Frankfurt, na Alemanha, deixando, assim, a conta a zeros. Em dezoito meses foram movimentados mais de 1500 milhões de euros.