José Viegas, secretário de Estado da Cultura, anunciou a reabertura da Casa das Artes no Porto, ao fim de seis anos sem atividade. A casa, desenhada por Eduardo Souto de Moura, vai ser reabilitada para dar lugar a um Pólo Cultural gerido em colaboração entre a Direção Regional da Culturado Norte (DRCN) e a Direção Geral das Artes (DGArtes).

A Casa das Artes, desenhada na década de 80, encerrou devido a um desabamento parcial do teto e encontra-se, atualmente, num estado degradado. O projeto de criação do Pólo Cultural inclui não só obras no edíficio, mas também no palacete de Vilar d’Allen, onde viveu a família de Sophia de Mello Breyner. O jardim fica entregue aos responsáveis pelo blogue “Dias com Árvores”.

O espaço, “uma das joías da coroa do Porto”, segundo Viegas, vai ter uma biblioteca de artes e um auditório reservado para a programação de cinema do Cineclube do Porto. A música também não será esquecida. A programação musical vai ser assegurada através de protocolos de cooperação com várias escolas de musica da cidade de forma a reforçar a participação da comunidade na casa.

Em relação futuro do projeto, a Direção Regional de Cultura do Norte diz, ao JPN, que o processo de mudança se está a iniciar, pelo que ainda não há muito a acrescentar. O JPN tentou falar com Eduardo Souto de Moura e com a Direção Geral das Artes mas não obteve qualquer resposta quanto ao novo projeto.

Cinemateca Portuguesa – o projeto que falhou

Foi aprovado em março de 2010 o decreto-lei que previa a criação da “Casa do Cinema do Porto”, nome do pólo da Cinemateca no Porto. O projeto incluía a criação de uma programação regular de cinema e uma cinemateca júnior com oficinas de formação para os mais novos. Além disso, estava prevista também a realização de exposições preparadas pelo Museu do Cinema.

O projeto de trasformar a Casa das Artes em “Casa do Cinema” deixa de existir e a Cinemateca do Porto não vai ocupar o edíficio na Rua Ruben A, reservada agora para o Pólo Cultural.