Apesar de muitos estudantes ainda não saberem em que ponto está a candidatura à bolsa, até à data foram atribuídas 2.654 bolsas, menos 1765 do que no ano letivo 2010/2011. Quem o diz é Ricardo Cardoso, presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da UP (AEFEUP), em declarações à agência Lusa. Ao JPN, Ricardo Cardoso confirmou que “o número de bolsas atribuídas diminuiu para metade na Universidade do Porto”.

A manifestação que a AEFEUP agendou para a manhã de hoje, quarta-feira, tinha em vista a reivindicação contra o processo de atribuição de bolsas. O presidente da AEFEUP entregou ao reitor da Universidade do Porto um documento explicativo das razões do protesto.

Ricardo aponta que um “processo de atribuição de bolsas mais célere e mais justo” é o que é pedido, no documento dividido em três partes: “prazos de afixação de candidaturas e afixação de regulamento; questões operacionais relacionadas com os SASUP e DGES e outra parte com o método de atribuição de bolsas”.

Quando questionado sobre a pouca adesão dos alunos ao protesto, Ricardo salienta que “ter dois estudantes com convicção é mais importantes do que 200 que aparecem e nem sabem porquê”. Apesar do protocolo ter sido assinado apenas pelas faculdades de Engenharia e de Farmácia, o presidente da AEFEUP afirma que também a AEFLUP esteve presente na manifestação.

Quanto às faculdades que não participaram no manifesto, Ricardo realça que o protesto obteve “reações positivas” e que se trata apenas de uma tomada de posição.”Ninguém está contra ninguém, continuamos a trabalhar juntos como sempre”, reitera.

O reitor da Universidade do Porto recebeu o protesto das mãos dos presidentes das associações de estudantes de Engenharia e de Farmácia. Ricardo afirma que José Marques dos Santos considerou que as medidas propostas são “exequíveis” e prometeu endereçar a proposta ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).