Em fevereiro, a Entidade Reguladora de Saúde (ERS) decidiu encerrar, gradualmente, o hospital Maria Pia. A decisão foi tomada visto a ERS considerar que não estavam reunidas as condições de segurança para o funcionamento do hospital pediátrico. Depois de perder os serviços de Urgência, Internamento e Cirurgia, o Maria Pia perdeu, no início do mês de março, o serviço de Consulta Externa e fechou as portas após mais de um século de atividade. Os serviços pediátricos têm sido transferidos para o hospital de Santo António, aguardando a abertura do Centro Materno-Infantil do Norte.

No entanto, a associação que dirige o Maria Pia pretende reativar o hospital. Em declarações ao Grande Porto, o presidente da Associação do Hospital de Crianças Maria Pia (AHCMP), António Fraga, lembra o acordo celebrado em 1974 com o então Ministério dos Assuntos Sociais. Este acordo permitia ao Estado assumir a gestão e a administração do Maria Pia. A associação que detém o hospital espera, agora, que a tutela proceda à devolução do hospital à associação.

Álvara Fraga salienta que o Maria Pia não perdeu a vocação hospitalar. A associação espera reabilitar o hospital para que este possa retomar a atividade, num serviço que continuará “orientado para crianças e adolescentes”. Álvaro Fraga comenta, ainda, a proposta do Bloco de Esquerda, que consiste em criar nas instalações do Maria Pia um centro de cuidados paliativos para crianças e adolescentes. Segundo o presidente da AHCMP, a solução é viável, desde que “integrada num conjunto alargado de serviços pediátricos.”