O Porto já é conhecido pela oferta de alojamento “low cost” entre os jovens estrangeiros e coleciona alguns prémios em categorias de melhores hostels mundiais. Nos últimos anos, foram muitos os espaços que abriram para disponibilizar camas a um bom preço, nas melhores localizações da cidade. O problema é que a maioria não está legalizada e pode comprometer a imagem de hostels já reconhecidos pela sua qualidade. O Turismo do Porto e Norte de Portugal calcula que o número de espaços de alojamento mais barato já atinga os 26 hostels, mas apenas dez estão devidamente legalizados.

Por causa disso, diz Joana Dixo, responsável pela delegação do norte da associação de hostels de Portugal e proprietária do Dixo’s Oporto Hostel, à Agência Lusa, “começam a existir mais camas do que clientes”, resultado da “explosão avassaladora” deste tipo de espaços.

Com o aumento de voos “low cost” e de intercâmbio de estudantes, os jovens aderem cada vez mais aos hostels, que impulsionaram o turismo e divulgação da cultura da cidade.
Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, confirma, também à Agência Lusa, o aumento deste tipo de alojamento local e dá como exemplo disso o “número de pedidos” de licenças que “diariamente chegam à Câmara Municipal do Porto”.

Para fazer frente aos espaços de alojamento “low cost” ilegais, a delegação do Norte da Associação de Hostels pretende criar uma marca de qualidade dos hostels que estejam “de acordo com toda a legislação imposta e faturação”. Para continuar a proporcionar uma boa experiência a quem visita a cidade, a associação quer que a legislação seja mais “clara e rigorosa”.

Os estrangeiros reconhecem a qualidade de alguns espaços e sites como o Hostelworld distinguem os melhores hostels do mundo, entre os quais já se encontram o Dixo’s Oporto Hostel, o 3.º na categoria de melhor hostel pequeno e o mais limpo do mundo, bem como o Rivoli Cinema Hostel, incluindo-se, também, como 5.º melhor hostel pequeno.