O enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, disse ontem que o governo sírio aceitou a proposta de paz da organização internacional, alertando, ainda assim, que é preciso esforço para o implementar. “Teremos que ver como vamos avançar e implementar este acordo que eles aceitaram”, afirmou. A proposta havia sido apresentada a Assad durante a visita de Kofi Annan a Damasco nos dias 10 e 11 de março.

O anúncio foi feito durante a visita de Annan a Pequim, onde o antigo secretário-geral das Nações Unidas se reuniu com o governo chinês para aferir o apoio do país ao plano de resolução do conflito na Síria. O resultado da reunião foi, segundo Kofi Annan, muito positivo. “Nós tivemos discussões muito positivas sobre a situação na Síria e os responsáveis chineses ofereceram o seu total apoio. Eles trabalharão comigo e outros membros do Conselho de Segurança para assegurar que os seis pontos do plano sejam implementados”, anunciou.

O plano das Nações Unidas, apoiado pelo Conselho de Segurança, prevê a concretização de seis pontos, que culminem no cessar-fogo, e que incluem “questões de discussões políticas e retirada de armas pesadas e tropas de centros populacionais, acesso livre de assistência humanitária, libertação de prisioneiros, liberdade de circulação e permissão para entrada e saída de jornalistas”.

A oposição síria já reagiu à aceitação do plano de paz por parte do regime de Bashar al-Assad. Bassma Kodmani, que faz parte do Conselho Nacional Sírio – uma coligação de vários grupos da oposição – saúda “a aceitação do regime a um plano que possa permitir o fim da repressão.” Kodmani acrescenta ainda que espera ver o país a “mover-se na direção de um processo de paz”.