A jogar em casa, o Sporting não conseguiu controlar o jogo desde início, como desejaria. A equipa do Metalist entrou concentrada, e apostava na troca de bola e em linhas fechadas para impedir que a equipa leonina avançasse no terreno. Wofswinkel estava completamente sozinho na frente, e os médios do Sporting não conseguiam dar apoio, muito por culpa dos jogadores da equipa ucraniana.

O Sporting nunca avançou muito no terreno durante a primeira parte, com receio dos contra-ataques perigosos criados por jogadores como Cleiton, Villagra ou Blanco, com Cristaldo e Taison lá na frente, à espera de um deslize da defesa sportinguista. Uma primeira parte algo apática, portanto, sem grandes oportunidades de golo dignas desse nome.

Mas tudo pareceu mudar ao intervalo a favor dos “leões”. A equipa treinada por Sá Pinto entrou na segunda parte com um jogo personalizado e mais atacante. A equipa sabia que tinha de marcar, e o resultado surgiu logo aos 51 minutos. Capel, lançado por Insúa, correu pelo lado esquerdo, depois de ultrapassar dois adversários, e, já na grande área, assistiu Izmailov para o golo. Estava desfeito o empate e o Sporting lançava-se para o controlo do jogo.

A partir daqui, a equipa treinada por Myron Markevych desconcentrou-se e os jogadores da casa aproveitaram. Com as linhas adversárias mais subidas, Izmailov e Insúa ficaram mais soltos. As oportunidades começaram a surgir, sobretudo dos pés de Matíaz Fernandez, mais uma vez um dos melhores em campo.

E foi quando se esperava mais um livre marcado por “El Crá” que surgiu Insúa. Com um remate certeiro, após um ligeiro toque de Schaars, o argentino fez o segundo golo do Sporting e deixou toda a gente nas bancadas a pensar já nas meias-finais. Mas ainda faltava quase meia hora para o final da partida, e esta equipa do Metalist, como tinha sido apontado por Sá Pinto na antevisão do jogo, não desiste.

Mas foi a saída de Carriço, que até então controlava as operações do meio campo, que coincidiu com o ascendente da equipa ucraniana. Os “leões” recuaram e perderam alguma agressividade, cedendo alguns espaços para que os brasileiros e argentinos do Metalist entrassem de novo no jogo. Sem surpresas, foi Rui Patrício que voltou a “salvar” a equipa, com duas grandes defesas. Ainda assim, derrubou Blanco na grande área, na sequência de uma dessas defesas, e não evitou o golo, de penalti, daquele que foi o melhor jogador em campo do Metalist, Cleiton.

Sá Pinto avisava para o equilíbrio da eliminatória antes do jogo, e a verdade é que nada ficou decidido. O Sporting vai, por culpa própria, com uma vantagem magra para a segunda-mão, que se realiza a 5 de abril, na Ucrânia.