Enquanto os avanços tecnológicos crescem a olhos vistos, a realidade fica cada vez mais próxima da sétima arte e da ficção científica e alcançam-se inovações que muitos diriam, ser impossíveis. No Japão, está a ser desenvolvido um protótipo de uma câmara fotográfica que permite fotografar apenas com as mãos.

A investigação está a ser desenvolvida no Institute of Advanced Media Arts and Sciences (IAMAS), no Japão, e já está a ser discutida na Internet. Como se pode ver no vídeo explicativo, o equipamento é bastante pequeno e encaixa no dedo indicador. A partir daí, o enquadramento fotográfico é feito pelas mãos.

Ainda assim, a máquina permite fazer “close-ups” ou fotos mais distanciadas, conforme o olhar humano. A Ubi-câmara dispõe de um sensor que controla o zoom através da aproximação ou distanciamento da cara da pessoa que está a fotografar, e, para disparar, basta “fazer o click” com o dedo polegar e o momento fica congelado.

A Ubi-câmara está limitada à ligação por cabo a um computador, mas o próximo passo que os investigadores japoneses querem tomar é o uso da câmara no exterior, ou seja, em mãos livre e sem ligação a um computador.

Neste momento, a tecnologia ainda se encontra em fase de experimentação e o dispositivo é, atualmente, um protótipo. O IAMAS tem vários projetos entre mãos de inovação, tecnologia, media, design e outras áreas de vanguarda que pretende expandir internacionalmente.

Quando a realidade se aproxima da ficção científica

Existem outras tecnologias semelhantes que já estão a ser testadas e utilizadas. Foi na longa-metragem Minority Report (Relatório Minoritário) de Steven Spielberg (2002), que se podia ver o detetive John Anderton, interpretado pelo ator Tom Cruise, a controlar com as mãos, num ecrã de tamanho considerável, movimentos, imagens, pessoas e até mesmo o tempo. A personagem controlava as imagens e a disposição das mesmas com umas luvas sensoriais que tinham a capacidade de, sem tocar no ecrã, fazer andar as mesmas para onde ele bem entendesse.

Ora, a empresa GE Reports investiu nesta tecnologia e já é possível, em tempo e espaço reais, conseguir fazer o mesmo que Tom Cruise em Relatório Minoritário. O programa custou 20 milhões de dólares, resultantes de um investimento inicial de 200 milhões de dólares para colocar a tecnologia a funcionar. A empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto foi a oblong, da qual a GE Reports é cliente.

A G-Speak, como lhe chamam os criadores, tem várias aplicações práticas na vida real, como no mundo do trabalho, na interatividade, sistemas de segurança, controlo à distância ou acesso à informação.