Quem disse que a hora de almoço serve só para almoçar? A tendência, agora, é aproveitar essa pausa para dançar, propõe o Lunch Beat, um evento criado em Estocolmo, na Suécia, em junho de 2010. A iniciativa já se alastrou a várias cidades europeias e chega ao Porto já na próxima quinta-feira, 5 de abril. Entre as 13h00 e as 14h00, o espaço Maus Hábitos vai promover o Lunch Beat no seu restaurante. Espera-se que haja comida, música e, sobretudo, muita dança.

O coorganizador e DJ oficial do Lunch Beat, Emílio Brandão, juntou-se ao evento em agosto de 2011, em Gotemburgo. O DJ, conhecido como DJ E-1000, reside na Suécia há oito anos, mas é natural do Porto, pelo que decidiu promover o evento na Invicta. A escolha para o “palco da dança” recaiu sobre o Maus Hábitos porque, diz o organizador ao JPN, este pareceu-lhe ideal por “servir almoços, ser central, ter disponibilidade de equipamento para DJ e espaço”. Como a ideia é que o evento seja mensal, pode estabelecer-se, futuramente, “um itinerário” de locais para o evento, já que não é preciso ser “sempre no mesmo espaço”, acrescenta.

O diretor do Maus Hábitos, Daniel Pires, mostrou-se satisfeito com a experiência que está prestes a realizar. Ao JPN disse que, “como o restaurante é vegetariano” e a maioria dos clientes são mulheres”, acredita que seja o sexo feminino o mais entusiasta com esta iniciativa. “As mulheres também são mais atrevidas, gostam mais de dançar, de experimentar”, acrescenta.

Daniel Pires não adianta, no entanto, uma previsão para o número de adesões. O responsável diz que “as pessoas estão mais habituadas à dançar à noite, quando está escuro”, pelo que fazê-lo à luz do dia, na pausa para o almoço, pode ter um efeito diferente. Embora admita não saber ainda ao certo o que esperar, o diretor garante que, caso seja um sucesso, este será, certamente, um “novo mau hábito” no restaurante portuense.

As regras do Lunch Beat

O Lunch Beat convida todas as pessoas a, “durante a hora de almoço de um dia normal de trabalho”, juntarem-se ao evento e ir dançar, “agitando as ideias e injetando energia no seu dia”. Por isso, a iniciativa rege-se por dez regras oficiais, “um pouco inspiradas no filme Fight Club“, explica Emílio Brandão.

“Se é o teu primeiro Lunch Beat, tens que dançar” é a primeira, logo seguida pela regra número dois – “se é o teu segundo, terceiro, ou quarto, etc, Lunch Beat, tens que dançar”. “Se estiveres muito cansado para ir ao Lunch Beat, por favor, vai almoçar a outro lado”, estabelece a terceira.

Entre outras regras, impõe-se, igualmente, que, durante a hora do evento, não se fale de trabalho, que todas as pessoas dancem com toda a gente presente e que o ambiente seja, preferencialmente, “drug-free”.

Espera-se muito divertimento e descontração

Emílio Brandão acredita que o Lunch Beat vai ter sucesso no Porto, até porque o evento “está a crescer bastante no Facebook“, onde tem sido mais divulgado. Com efeito, já mais de trezentos utilizadores da rede social mostraram interesse em participar. “É acima do que nós esperávamos”, confessa. O organizador esclarece que, por norma, o primeiro Lunch Beat em determinada cidade costuma juntar cerca de trinta a quarenta pessoas.

O DJ considera que este é um evento que “refresca o estilo de vida das pessoas”. Por isso, garante que se pode “esperar uma hora de muito divertimento e muita descontração”. “Todos dançarão ao som de uma música de DJ com ritmos que não param”, o que fará as pessoas voltarem para o trabalho “com outra energia, outra disposição”, acrescenta.

O Lunch Beat tem tido muito sucesso na Suécia e tem, igualmente, “resultado na Finlândia, na Europa de Leste e, inclusive, na Colômbia”, afirma Emílio Brandão. Brevemente, vai iniciar-se nos Estados Unidos da América e, na Alemanha, já três cidades promovem o evento.

O evento, a realizar no dia 5 de abril no Maus Hábitos, no Porto, vai ter música a cargo do DJ E-1000 (Emílio Brandão) e vai contar com um menu especial Lunch Beat (cujo preço ainda não está confirmado), com distribuição gratuita de água, como já é habitual no evento. O Lunch Beat é público e, portanto, a entrada é gratuita.