Jorge Morgado, assessor da Metro do Porto, assegura que a empresa “não recebeu nenhuma informação (por parte do governo, quanto a uma alternativa à fusão com a STCP) nem tem de receber”. E mais não adianta: “a Metro não tem qualquer reação nem comentário a fazer”, inclusive sobre novos desenvolvimentos do processo de fusão. Também contactada pelo JPN, a STCP não prestou qualquer esclarecimento.

A possibilidade de juntar as duas empresas de transportes públicos do Porto começou a ser discutida em outubro do ano passado. A fusão está no Plano Estratégico dos Transportes (PET) apresentado pelo governo. Mas as recentes notícias vão noutro sentido.

Apesar das declarações da resolução do problema até ao final deste mês, pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes, a solução pode ser outra. À semelhança do processo de fusão entre a Carris e o Metro de Lisboa, as empresas de transportes do Porto podem passar pela integração numa “sociedade veículo” gerida por uma empresa privada.

Algumas condicionantes para a junção das empresas são o facto da operação e manutenção da Metro do Porto estar subconcessionada à Via Porto, do grupo privado Barraqueiro, e 40% do seu capital estar nas mãos da Junta Metropolitana do Porto, presidida por Rui Rio.

A STCP e a Metro do Porto continuam à espera da decisão final quanto ao seu futuro. Entretanto, o governo de Passos Coelho consultou a Direção Geral do Orçamento (DGO) e o Instituto Nacional de Estatística (INE), e está ainda à espera de resposta quanto ao impacto orçamental que as alternativas podem trazer.