A igualdade de género esteve em destaque esta terça-feira, em Concertação Social, no Parlamento. A discussão surgiu no seguimento das declarações de Teresa Morais, secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e Igualdade, que destacou a importância que as mulheres têm para ajudar o país a fugir da crise.

A secretária de estado da Igualdade diz que a crise não pode ser pretexto para a alienação de outras problemáticas como a igualdade de género. Lembra que as mulheres são a parte da população com maior qualificação a nível do ensino superior e têm, atualmente, “menos poder de decisão”. Apesar disso, garante a jornalista e feminista Diana Andringa, “continuam a ser exigidas mais provas às mulheres do que aos homens”.

Em declarações ao JPN, a feminista dá relevo ao papel das mulheres e afirma que, em situações de crise, são estas que “tomam a luta nas suas mãos”.

Para a jornalista, o agravamento da situação económica tem influência proporcional à situação social. “Sempre que a situação social piora, os setores mais fragilizados são os que sentem mais”, diz. As mulheres não estão “numa situação de igualmente” e, por isso, em situações de crise, “pagam a fatura”.

Diana Andringa considera que é preciso apostar em “todos os seres humanos para sair da crise”. No entanto, a jornalista destaca o facto das mulheres representarem 52% da população, ou seja, uma fatia muito importante na sociedade portuguesa.