A “Cidade das Profissões”, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, vai lançar hoje, quinta-feira, um workshop subordinado ao tema agricultura. “É um setor determinante para o desenvolvimento do país”, acredita Teresa Chaves, diretora do programa. Teresa Chaves é da opinião que, “devido ao desenvolvimento do setor agrícola”, torna-se um alvo apetecível para os “jovens que estão num momento de escolha”.

Joaquim Rocha, presidente Associação dos Jovens Agricultores do Porto (AJAP), concorda com esta visão. Para o responsável da AJAP, “hoje temos pessoas altamente qualificadas à frente das explorações agrícolas”. Além disso, economicamente, a agricultura está a adquirir uma importância crescente. Joaquim Rocha explica que esta “é uma área que possibilita uma entrada bastante rápida em produção”, isto porque não necessita de investimentos de maior.

O projeto Cidade das Profissões está a procurar formar jovens empreendedores em áreas marginalizadas e que agora podem ter futuro nestes tempos “conturbados”. De acordo com a diretora do programa, Teresa Chaves, a ideia é ajudar aqueles que procuram o projeto a “delinear um programa” e a definir “novas abordagens” ao mercado de trabalho.

Joaquim Rocha saúda medidas governamentais

Nos últimos tempos, diversas medidas governamentais têm sido implementadas no sentido de impulsionar a agricultura. O presidente da AJAP mostra-se satisfeito, salientando que foi feito “um esforço muito grande” para o utilizar os fundos de forma racional. Joaquim Rocha aproveita, mesmo assim, para criticar a gestão dos fundos comunitários pelos anteriores governos. “Estivemos a pagar multas pela não utilização dos fundos comunitários”, critica.

A potencialidade de Portugal para a agricultura é também referida pelo dirigente da AJAP. Joaquim Rocha revela as vantagens que o território nacional tem para a prática desta atividade. “Temos um dos melhores climas da Europa e um dos melhores solos do mundo”, diz.

O objetivo é, segundo o presidente da AJAP, garantir a autosustentabilidade de Portugal. “Para equilibrar a balança comercial precisamos, pelo menos, de produzir aquilo que comemos”, defende. De momento, Portugal produz apenas “metade” do que consome.