O Zaask é uma nova plataforma online que pretende criar, por um lado, uma comunidade de pessoas que necessitam de alguém para lhes fazer determinada tarefa – os askers – e, por outro, uma de pessoas que se oferecem para a realizar – os taskers.

Um dos fundadores da plataforma, Luís Martins, conta que esta ideia surgiu da ligação de “uma metodologia de otimização de processos e eliminação de desperdícios” ao “contacto com as novas tecnologias e os negócios da Internet”.

O empreendedor explica que há pessoas “muito atarefadas que não têm tempo” nem “conseguem fazer tudo o que gostavam”. Simultaneamente, há outras que “têm muito tempo livre”. Por isso, é precisamente a isso a que o Zaask se propõe: resolver a “falta de tempo de certas pessoas com o tempo livre de outras”, diz Luís Martins.

O conceito é simples, garante. Se uma pessoa precisa que alguém vá, por exemplo, passear-lhe o cão, vai ao site e escreve o que pretende. A partir daí, o criador explica que “a informação é disparada para todas as pessoas que se disponibilizaram a fazer esse tipo de tarefas”, que a recebem via e-mail. Luís Martins admite que querem, igualmente, “trabalhar via telemóvel”. Os interessados respondem e, com base no perfil de cada pessoa, o asker escolhe uma, com quem pode “trocar mensagens na plataforma”.

Após a realização da tarefa, o pagamento é feito online. Luís Martins explica que, “em princípio”, os “métodos de pagamento” serão o PayPal e o cartão de crédito – mas também estão “a tentar” o multibanco.

Zaask quer primar pela qualidade de serviços

A plataforma tem três fases de lançamento, sendo que a primeira (na qual ainda se encontram) passa por recrutar taskers experientes. “Queremos ter os melhores eletricistas, os melhores canalizadores, os melhores fotógrafos, os melhores cozinheiros”, afirma Luís Martins. A segunda fase, a começar já em maio, passa pela seleção de um grupo taskers e askers já registados, eleitos pela equipa do Zaask. Este será uma fase de teste, na qual os selecionados possam dizer “tudo o que está mal na plataforma”. Em junho, o Zaask estará cem por cento funcional e aberto ao público em geral.

Qualquer pessoa ou empresa se pode registar no Zaask. Todavia, os fundadores querem “assegurar que as pessoas que estão lá são de confiança”. Para tal, além de analisarem o currículo, falam “com a pessoa por mensagem”, fazem-lhes “mais perguntas” e se registem via algumas redes sociais, como Facebook, Linkedin e Twitter. A ideia é que “quanto mais informação” os taskers derem a seu respeito, “mais probabilidade” terão “de ganhar propostas”, explica Luís Martins.

Para já, há cerca de três mil pessoas registadas no Zaask, das quais 25% são askers. Luís Martins está satisfeito com a adesão, que está “acima das expetativas”. “Já ultrapassamos largamente os objetivos”, confessa. Ainda assim, o responsável diz que, agora, não estão preocupados com o “número de pessoas inscritas” mas sim com “a qualidade”. A meta é, portanto, “ter uma comunidade diversificada em talento”.

Serviço pretende chegar a outros países da Europa

Luís Martins acredita que, além de poder ser uma alternativa ao desemprego, o Zaask também pode servir para as pessoas “conseguirem, elas próprias, perceber quais são os seus talentos e pô-los à prova”. Até mesmo para as pessoas empregadas que “não gostam do seu trabalho”, esta é uma “boa oportunidade” para “tentar fazer aquilo que, realmente, sempre gostaram desde crianças”.

O fundador do Zaask prefere focar-se, por agora, “em trabalhar e depois ver os resultados”, até porque ainda falta “resolver alguns bugs da plataforma” e, também, pretendem garantir uma “boa comunicação com a comunidade que se está formar”. Por isso, Luís Martins recusa-se a “criar grandes expetativas”, mas não esconde que tem “boas expetativas”.

O fundador do Zaask afirma, ainda, que têm intenção de “internacionalizar” o serviço, nomeadamente “em Espanha, França e Alemanha”.