O recinto encheu num dos dias mais preenchidos das noites da Queima. As temperaturas subiram nos termómetros, tornando o ambiente mais agradável aos que se dirigiram até ao Queimódromo. Sendo a noite da cerveja, a bebida foi mais barata, o que representou um ponto de satisfação dos muitos estudantes à volta das barraquinhas.
O palco da Queima das Fitas abriu a sexta noite de festa com os Prana. A banda de São João da Madeira deixou ao público um bom espetáculo, embora com o recinto ainda a meio gás.
Eram muitos os que esperavam para ver os Xutos e Pontapés, de pedra e cal na fila da frente para não perder nada. Gui, Tim, Zé Pedro, João Cabeleira e Kalu subiram ao palco com o tema “Águia”.
O primeiro ponto alto do concerto foi quando a banda interpretou “Homem do Leme”, levando ao delírio as centenas de fãs. Seguiram-se outros êxitos, como a “Casinha”, “Maria“, as músicas mais icónicas da banda.
Foram muitos os que vieram de propósito para ver a banda e que entoaram música após música. A fila da frente estava repleta de fãs vestidos a rigor, de lenço e cachecol.
O concerto terminou com a já habitual música “Para Sempre”, entoada pelo público num registo de final apoteótico.
“O futuro é brilhante para os Xutos”
“A Queima do Porto é a melhor do país.” É assim que Zé Pedro, guitarrista dos Xutos define mais uma passagem pelo Queimódromo. “Todos os anos mudamos de alinhamento e trazemos um espetáculo diferente”, refere. Zé Pedro garante que o melhor de atuar no Porto são “as pessoas e a química com o público, a maneira como recebem” a banda e a música.
Para Zé Pedro, não há “nenhuma banda no mundo que possa prever o tempo que vai passar junto”. “Felizmente eu, o Tim e o Kalu estamos juntos há 33 anos”, refere o guitarrista, salientando que, “felizmente, há bandas portuguesas que têm um bom impacto lá fora”, não sendo a língua que vai ou não impedir a aprovação do trabalho lá fora”. “Os Xutos cantam em português e para Portugal”, afirma. “O futuro é brilhante para os Xutos e Pontapés, ao contrário do país”, brinca Zé Pedro.
