A “Stand Team” foi a grande vencedora da final do concurso de Empreendedorismo Diogo Vasconcelos, organizado pela Federação Académica do Porto (FAP), e realizada no sábado, 19 de maio, no Palácio da Bolsa.

“A infografia médica como recurso privilegiado na comunicação da saúde” foi o tema do projeto premiado, da autoria de Hernâni Zão, Ana Simões e Raquel Rei.

O projeto veio no seguimento da tese de mestrado de Hernâni Zão, mestrando de Oncologia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).

“O projeto começou quando o Hernâni, no contexto do mestrado dele, se apercebeu que existia uma falha de comunicação entre médicos e pacientes. Depois de tentar perceber de onde vinha esta falha, apercebeu-se de que era uma falha geral, não só em Portugal, mas também lá fora”, conta Raquel Rei, membro da Stand Team.

Depois de se ter apercebido desta falha, Hernâni e os seus mentores perceberam que as infografias seriam “uma das maneiras mais eficazes” de solucionar o problema. E foi neste contexto que surgiu a colaboração de Ana e Raquel, ambas alunas do mestrado de Design Gráfico e Projetos Editoriais da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).

“O Hernâni fez um apelo à FBAUP. Eu e a Ana tivemos conhecimento do projeto e apaixonamo-nos logo por ele. Decidimos logo colaborar e, desde aí, temos vindo a desenvolver uma série de infografias”, declara Raquel Rei.

Neste momento, a equipa está a colaborar com a Clínica da Mama do IPO do Porto, fornecendo informação a pacientes em diferentes estados da doença. Com este projeto infográfico, a equipa pretende “reduzir o grau de entropia do paciente e, com isso, melhorar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida”, como explica Raquel Rei. Desta forma, a Stand Team trabalha no sentido de tornar a informação acerca da informação mais clara e sucinta para o paciente.

Prémio vai permitir o desenvolvimento do projeto

Os vencedores do concurso receberam um prémio monetário no valor de cinco mil euros. Além de trazer uma boa dose de motivação aos vencedores, o prémio vai permitir aos três jovens “iniciar uma empresa e ter recursos para desenvolver um protótipo bem feito tecnicamente”, como refere Raquel Rei.

Num futuro próximo, Raquel Rei afirma que existe a possibilidade de conseguirem “viver deste projeto como uma forma de trabalho”, pelo que vão começar a “apresentar o projeto aos hospitais”.A concurso apresentaram-se cinco equipas pré-selecionadas, todas com projetos de empreendedorismo na vertente social.