A sessão comemorativa dos 25 anos Erasmus começou, esta terça-feira, na reitoria da Universidade do Porto (UP), de forma formal, com a apresentação por parte do reitor da UP, José Carlos Marques dos Santos, dos oradores das comemorações do quarto de século do programa Erasmus.

Marques dos Santos começou por falar sobre as vantagens do programa de intercâmbio, referindo as “perspetivas de emprego e de outros mercados de trabalho” dadas aos estudantes como o principal benefício. Defendendo que o programa “Erasmus fortalece um espaço europeu do ensino superior, objetivo fundamental da UE”, o reitor da UP acredita que “para além das oportunidades profissionais e pessoais” conseguidas, o programa “aumentou substancialmente a dimensão internacional das universidades, o que é essencial hoje em dia”.

Igual opinião tem o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Luís Rebelo, também presente na cerimónia. Dando os parabéns “à sua universidade” por participar no projeto europeu, Luís Rebelo aproveitou para explicar que “falar de mobilidade é, sobretudo, falar de vantagens que passam pelo desenvolvimento pessoal”. Para o presidente da FAP, o programa Erasmus “veio ajudar a corrigir muitas assimetrias dos programas e sistema de ensino europeu, que pode, agora, ser mais uniforme”. Ainda há, no entanto, algumas particularidades do processo de mobilidade a corrigir, como o tempo excessivo de antecipação da candidatura e, também, alguns planos de estudos e equivalências que devem ser retificadas e melhor planeadas, considera.

Igualmente presente na cerimónia, a diretora da Agência Nacional PROALV, que financia as bolsas de estudo Erasmus, começou por dizer que este “é o programa de mobilidade com mais sucesso, mais conhecido na Europa e fora dela”. Mesmo assim, afirma Isabel Duarte, “o Erasmus continua a não ser um programa para todos”, apesar da sua importância na defesa da igualdade como princípio.

O ciclo de oradores convidados ficou completo com Luca Pirozzi, da Direção Geral da Educação e Cultura da Comissão Europeia. Luca Pirozzi discursou sobre a boa reputação da Universidade do Porto e das vantagens que um aluno Erasmus pode ter em estudar nesta universidade.

Distinção ao primeiro estudante Erasmus

A música também teve espaço nas celebrações dos 25 anos do programa Erasmus. Depois de todos os discursos feitos, o Grupo de Fados da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tomou o palco, precedendo a entrega da Distinção do Primeiro Estudante Erasmus da UP, que foi entregue pelo reitor a Jorge Figueiredo.

O ex-estudante partilhou com os presentes a surpresa que teve ao saber que tinha sido o primeiro estudante em Erasmus registado. Licenciado em Astrofísica, passou nove meses em Paris ao abrigo do programa de mobilidade e destacou as enormes diferenças que vê em ter feito um programa de mobilidade há 25 anos. “Ninguém falava em e-mails, não havia viagens low cost, não havia moeda única, as chamadas telefónicas custavam balúrdios, mas havia desafios”, afirma.

A cerimónia encerrou com um brinde aos vinte cinco anos de Erasmus da UP com direito a bolo de aniversário. O programa Erasmus nasceu em 1987 e já permitiu uma oportunidade de intercâmbio a cerca de três milhões de universitários, espalhados por 33 países.