Hernâni Gonçalves, investigador do Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde (CINTESIS) da Faculdade de Medicina (FMUP) e colaborador do Centro de Investigação em Ciências Geo-Espaciais (CICGE) da Faculdade de Ciências (FCUP) foi distinguido pela IEEE Geoscience and Remote Sensing Society (GRSS) – uma sociedade científica internacional dedicada às áreas das Geociências e da Deteção Remota – como um dos Melhores Revisores da GRSL (Geoscience and Remote Sensing Letters) em 2011 (GRSL Best Reviewer Award for 2011).

O investigador é licenciado em Matemática Aplicada à Tecnologia pela FCUP, onde concluiu também os seus estudos de doutoramento na área da Engenharia Geográfica.

A área de investigação de Hernâni Gonçalves está mais centrada no domínio das Geociências e Deteção Remota. As Geociências abrangem o conjunto das ciências que estudam o planeta Terra, um sistema composto pela Terra sólida, hidrosfera, atmosfera e biosfera. A deteção remota é uma forma de obter informações acerca dos objetos, recolhendo e analisando dados sem que os instrumentos usados para recolher os dados estejam em contacto direto com o objeto (usando, por exemplo, imagens via satélite).

Hernâni Gonçalves afirma que “não esperava receber o prémio” e assume-se “muito contente pelo reconhecimento” que recebeu pelo seu trabalho de investigação. Em relação à investigação científica na Universidade do Porto, Hernâni Gonçalves destacou a sua evolução nos últimos anos. “Acho que ultimamente tem dado um grande salto. Tem sido feito um esforço grande para formar uma identidade a nível de universidade. Isso dá-nos mais força e mais imagem”, realçou o investigador. Segundo o revisor da IEEE GRSS, as condições oferecidas pela UP são “excelentes”. “A nível de estruturas e equipamento, são condições fantásticas para os investigadores fazerem o seu trabalho”, afirmou.

Hernâni Gonçalves deixa também elogios à investigação científica feita a nível nacional. “Acho que a investigação em Portugal é muito boa, tendo em conta a dimensão do nosso país. Penso que devemos continuar o que tem sido feito e cumprir os objetivos a que nos propomos”, concluiu o investigador.