O Primavera Sound está a dar que falar e a levar o Porto às bocas do mundo. Com cerca de 70% do total dos bilhetes vendidos a estrangeiros e a expectativa de 25 mil pessoas por dia, é possível que 7 em cada 10 festivaleiros presentes no Parque da Cidade sejam estrangeiros.

José Barreiro, da Ritmos, diz que este fenómeno se deve mais pela grande procura dos estrangeiros do que propriamente pelo desinteresse do público português. “A marca Primavera Sound é mais forte no exterior”, diz. No que toca a festivais, “Portugal está muito ‘virado para dentro’ e são poucas as pessoas que circulam na Europa para ver festivais, enquanto na Europa isso é prática comum”, explica.

Apesar de advertir que “ainda é cedo para revelar números”, avança que faltam apenas vender cerca de 30% da totalidade de bilhetes, o que ultrapassa as expectativas iniciais da organização. “A expectativa está bastante acima do que esperávamos, já que este é um ano de crise, em que as pessoas estão com bastante menos dinheiro. Estamos a ter uma aceitação muito boa”, afirma.

Além disso, há sempre a “compensação pela procura do exterior”, que advém essencialmente de Espanha, Inglaterra e depois de França e Itália. Mas nem só na Europa se compraram bilhetes. O Optimus Primavera Sound chegou ainda à Nova Zelândia ou à Nicarágua. Pelo contacto que a organização tem tido com quem já comprou bilhete, “excetuando os espanhóis, quase 100% destes estrangeiros nunca veio ao Porto”, conclui.

Sábado, 9 de junho, que reúne nomes como Death Cab for Cutie, The XX ou Kings of Convenience, tem sido o dia mais procurado.