O programa de mobilidade Santander Universidades distingue-se pelos países de acolhimento, os ibero-americanos, e pelo apoio financeiro em bolsas de estudo ou de investigação.

Depois da aberta a sessão solene desta segunda-feira, na reitoria da Universidade do Porto (UO), com o reitor, José Marques dos Santos, falou o administrador do banco, Luís Bento dos Santos, referindo que “a universidade é o principal eixo de desenvolvimento de uma sociedade” e felicitando a UP por se inserir nos “rankings internacionais mais conhecidos”.

Reitor defende mobilidade

Em entrevista à agência Lusa, no final da conferência, o reitor da UP defendeu que “se houvesse dinheiro”, todos os estudantes universitários deviam estudar seis meses no estrangeiro para ganharem maior “abertura de pensamento”. “Nós, portugueses, somos muito fechados, passamos a vida a dizer mal uns dos outros, a dizer mal de tudo e precisamos de abrir a nossa mente. Este programa contribuiu muito para a abertura de mentalidades”, afirmou.

Para Bento dos Santos, nos dias que correm, “ser-se internacional é absolutamente vital”, pelo que o programa, criado há 15 anos, conta com 20 países parceiros e já cedeu mais de 15 mil bolsas de estudo. Entre 2007 e 2012, 163 alunos da UP realizaram um período de mobilidade e 253 estudantes das faculdades ibero-ameriacanas tiveram a oportunidade de estudar na instituição portuense.

Na sessão solene estiveram presentes duas estudantes que beneficiaram do programa, uma portuguesa e outra argentina. Sofia Deferrari, da Universidade de Buenos Aires, está a estudar Direito na Faculdade de Direito da UP e mencionou o clima e a paisagem como principais razões para ter escolhido o Porto.

Já a portuguesa Diana Silva, estudante do ICBAS, realizou, desde janeiro até agora, um período de estudos na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao explicar que sempre teve o sonho de estudar no Brasil, mencionou as vantagens de uma mobilidade, tal como Sofia Deferrari.

Para as duas estudantes que fizeram mobilidade, o que retiram de uma experiência como esta é o facto de aprenderem a gerir melhor as emoções, ultrapassando obstáculos como as saudades – que no país de origem não teriam de confrontar -, o crescimento, aprender uma língua e ter contacto com várias culturas, conhecendo alunos na mesma situação em que se encontram. A sessão solene terminou com entrega dos certificados aos estudantes que fizeram mobilidade.