A dança do varão, ou “pole dance”, surge como estilo de dança sensual e provocante, associado a uma carga erótica. A evolução que sofreu pretende aliar a eficiência técnica à estética do movimento. Considerada uma atividade física intensa, pretende também desenvolver o lado artístico através de coreografias específicas. A fluidez e graciosidade dos movimentos são valorizadas, assim como as passagens dançadas entre as acrobacias.

Regulamento do COI

São 35 os desportos olímpicos devidamente reconhecidos pelo Comité Internacional. Poderá ser considerado olímpico todo o desporto que seja administrado por uma federação internacional que assegure que a atividade desportiva segue os parâmetros dos quadros olímpicos. Se a modalidade for amplamente praticada em todo o mundo e atender uma série de critérios estabelecidos pelo COI, um desporto pode ser reconhecido e adicionado ao programa olímpico.

Também chamada de “pole fitness” ou “vertical dance”, a “pole dance” é um estilo de dança com cada vez mais adeptos em todo o mundo. Razão suficiente para duas academias decidirem encetar uma petição para apelar à inclusão da pole dance como modalidade experimental nos próximos Jogos Olímpicos.

A petição, atualmente com 6.700 assinaturas, defende que “é tempo da ‘pole fitness’ ser reconhecida como um desporto competitivo”, fazendo uma analogia com a barra horizontal – a trave da ginástica artística – e a ginástica rítmica. O abaixo assinado refere, também, que a dança do varão é “acrobática, técnica e requer capacidades físicas”. Mais de 50 países conhecem já a modalidade, pelo que os autores a consideram de índole “internacional”, praticável quer por homens quer por mulheres, além de se tratar de uma modalidade “barata” quando comparada como a “equitação, vela ou desportos de inverno”.

Outras modalidades

Em 2009, o Comité Olímpico Internacional tornou o golfe, o râguebi e o boxe feminino em modalidades olímpicas, com estreia em Londres 2012. Aliás, o boxe feminino vai entrar nestas Olimpíadas graças a uma petição popular. No entanto, fenómenos de popularidade como o basebol, o softball e o karaté continuam fora da senda olímpica.

A “pole dance” não escapa ao estigma da sexualidade e controvérsia que lhe está associada. Também o “cheerleading” tenta enquadrar-se no cenário olímpico, pelo que a “International Cheer Union” requereu o conhecimento da modalidade como desporto ao nível físico da ginástica. Também o “cheerleading” enfrenta o preconceito de se tratar de uma ocupação de adolescentes, em grande parte norte-americanas, que frequentam o liceu.