Apesar do calor, a edição de 2012 da Feira do Livro do Porto inaugurou esta quinta-feora, 31 de maio. A cerimónia de inauguração decorreu às 18h00, contando com a presença de Miguel Freitas da Costa, secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), com Pedro Pereira da Silva, presidente do Conselho Técnico das Feiras do Livro, e com Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP).

A curta cerimónia decorreu na Praça APEL, localizada a meio da avenida dos Aliados. Nos agradecimentos foi dado destaque à Porto Lazer, pelos apoios dados na abertura de mais uma feira. “Esta feira é a última realizada no âmbito do protocolo entre a APEL e a Câmara Municipal do Porto”, destacou Pedro Pereira da Silva.

O responsável destacou, também, que durante este protocolo, válido até 2013, procurou-se que as feiras estivessem cada vez mais “próximas dos leitores” e que fossem “uma excecional montra da edição em Portugal”.

“São cada vez mais, em número e variedade, as iniciativas que temos vindo a desenvolver”, acrescentou Pedro Pereira da Silva. Rui Rio também mencionou o protocolo assinado pela APEL com a CMP, declarando que, com “o ajustamento da avenida dos Aliados” e o desenho da própria, se permitiu “uma maior utilização pelas pessoas”. O futuro deste protocolo está nas mãos “do próximo presidente da câmara”.

Rui Rio destacou, ainda, o papel da feira ao “trazer as pessoas à baixa”, como parte intrínseca de um plano que pretende voltar a trazer moradores à baixa portuense. “A Feira do Livro teve sempre, ao longo destes 82 anos, uma importância óbvia cultural, na formação das pessoas”, disse o presidente da CMP, acrescentando que, atualmente, tem “uma importância ainda maior”, no sentido da perda de hábitos de leitura.

“Uma grande parte da crise que Portugal atravessa é, na minha opinião, fruto de uma reflexão deficiente, de um pensamento mais escasso do que deveria ser”, declarou Rui Rio para destacar a importância da leitura.

Procurar a cultura em tempo de crise

Alguns livreiros queixavam-se do calor excessivo que também acaba por afastar alguns visitantes. Contudo, no primeiro dia de feira já se podia ver um número considerável de visitantes.

Graça Lameira, da Ésquilo, tem boas expectativas para esta edição. “Através, às vezes, das dificuldades, a pessoa vai procurar aquilo que realmente quer. E, por isso, as coisas têm mais sentido. (…) Quem compra livros, compra com mais critério e mais vontade”, declarou.