Sabem, desde 2007, que vão acolher o Euro 2012, depois de terem vencido uma outra dupla de países, Croácia e Hungria, e a campeã mundial de 2006, Itália.

A Ucrânia apresenta como cidades anfitriãs Lviv, Kiev, Donetsk e Kharkiv, enquanto a Polónia faz “as honras da casa” através de Gdansk, Poznan, Varsónia e Wroclaw.

Ucrânia: Lviv, Kiev, Donetsk e Kharkiv

Antes de começar a visita pelas cidades ucranianas, importa dizer que o país é seis vezes maior do que Portugal e tem perto de 46 milhões de habitantes. Lviv, que é de todas as cidades anfitriãs ucranianas a mais pequena, é maior que o Porto e tem quase um milhão de habitantes.

Todavia, a cidade que acolhe a seleção portuguesa parece ser a mais “ocidentalizada” do quarteto pela proximidade à Polónia e por ser das poucas na Ucrânia que conseguiu manter os seus edifícios mais antigos intactos. Para Andriy Veber, ucraniano de Lviv a residir em Portugal, “os turistas que passam por Lviv dizem que é a pequena Paris” e, talvez, “nem sintam que estão na Ucrânia”.

Além de passearem no centro da cidade e poderem compará-lo com qualquer outro de uma cidade europeia ocidental, os turistas portugueses podem ter surpresas ao descobrir que as semelhanças não se ficam por aqui. Lviv é também adepta de café e a máxima é, mesmo, que “um cidadão de Lviv tem de tomar, pelo menos, um café por dia”, explica Andriy.

Já Alyona Smertina, ucraniana a viver em Portugal, diz que há muitas diferenças na gastronomia. Embora se encontrem restaurantes para todos gostos, o normal é que a maioria ofereça uma variedade de saladas “exóticas” para os portugueses. Os preços podem variar muito e ajustar-se à carteira de cada um mesmo que, na capital, as coisas sejam mais caras.

Kiev, a cidade das cúpulas douradas, também tem um rio, uma rua central e uma estátua em cima de um pedestal como Lisboa, mas tudo com o dobro do tamanho.

De facto, para quem quiser “correr a cidade”, um dia não chega mas, pelo menos, haverá muitos multibancos onde levantar ou trocar dinheiro. O câmbio de divisas é desaconselhado nas ruas, mas Alyona e Andriy dizem que a cidade é segura. No entanto, quanto mais para leste, mais dificuldades de comunicação há.

Donetsk e Kharkiv sentem mais a influência russa e é normal que o alfabeto cirílico também não facilite a orientação nas cidades. Ainda assim, a hospitalidade ucraniana nestas duas cidades é de se fazer notar e as ligações com o resto do país são boas.

Polónia: Varsóvia, Wroclaw, Gdansk e Poznan

Também na Polónia, o sistema de transportes é muito eficiente e liga todo o país, que é pouco mais pequeno que Espanha e tem cerca de 38 milhões de habitantes. É na capital, Varsóvia, que se vai dar início à competição, a 8 de junho.

A cidade foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial e a maior parte da Cidade Velha tem sido recuperada nos últimos 60 anos. Contudo, esta zona da cidade está classificada como “Património Mundial da Unesco” e conserva, além do Castelo Real, a maior parte dos edifícios históricos da cidade.

Este é o caso de muitas cidades polacas que, ainda hoje, guardam marcas da ocupação nazi. Wroclaw é uma delas, sendo que Pablo Picasso chegou a dizer que a reconstrução da cidade foi uma inspiração para ele. Aqui, tal como em Varsóvia, ainda se pode visitar o que restou dos guetos judaicos.

De todas as capitais do Euro 2012, Gdansk é a única situada junto ao mar e, como durante o evento as temperaturas podem atingir os 30 graus Celsius, sempre se pode “estender a toalha” numa das praias da cidade. Mas o que continua a caracterizar Gdansk é o seu espírito “combativo” que fez derrubar o comunismo na Polónia, no fim dos anos 80.

Para completar este roteiro, termina-se em Poznan, a cidade-berço da Polónia. O centro histórico também é atrativo mas um programa alternativo é uma visita aos lagos que rodeiam a cidade. Para estes passeios, também é necessário fazer o câmbio da moeda porque, apesar da Polónia ser membro da União Europeia, a moeda continua a ser o zloty.