A vinda da troika parece não ter abrandado os gastos portugueses nas competições do chamado “desporto rei”. Com um total de 28,2 mil euros por cada dia, a crise não parece bater à porta do principal escalão da seleção portuguesa de futebol.

Na primeira listagem, avançada pelo jornal espanhol “As”, Portugal vence o “Euro dos gastos” com o total de 33,14 mil euros diários, apenas pela estadia. Porém, o jornal “i” avança com uns números diferentes. Contabilizando salas de reuniões, de rouparia, de enfermaria e outros serviços perfaz-se uma estimativa de 28,2 mil euros diários, valor que pode ainda aumentar consoante a chegada às fases finais da competição.

Os 28,2 mil euros incluem os 11 mil euros diários pelo uso exclusivo de um centro de imprensa e dos campos de treino do hotel, 9,5 mil euros diários para salas de reuniões, da rouparia, da enfermaria e de outros serviços e, ainda, 7,7 mil euros diários para 52 quartos, que têm o custo de 148 euros por dia.

Para manifestar o seu desagrado com os custos “exagerados” da seleção portuguesa, José Ribeiro e Castro, deputado do CDS, escreveu um requerimento à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em que pedia a comparação do orçamento português com os de outras seleções.

Na resposta, a FPF revela que Portugal não está no topo dos gastos, como mostra o jornal “As”, mas sim na oitava posição das seleções com mais gastos. Quem gasta mais no alojamento, por dia, são a Inglaterra e a República Checa, com 336 euros, seguidas da Grécia, que também parece “fazer um túnel” à crise, com 314 euros.

Quanto aos vizinhos campeões europeus e mundiais, vão desembolsar apenas 73 euros por quarto, por dia, visto que foram convidados a inaugurar um hotel e conseguiram negociar um custo consideravelmente abaixo das restantes comitivas.