Amanhã, sexta-feira dia 22, a Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) vai atuar no palco da cidade. Na praça D. João I, o culminar de um dia de atividades vai acontecer num concerto da orquestra.

Foi através de uma parceria com a Porto Lazer e a Câmara Municipal do Porto que foi organizado o Festival ESMAE/IPP. Ao longo do dia de sexta-feira vão decorrer várias atividades, executadas por alunos, professores e funcionários da ESMAE. Mário Azevedo, vice-presidente da instituição, fala-nos no cumprimento de “desígnios da missão educativa da escola e estabelecer um ponte de contacto vital para a valorização do património da nossa cidade”.

Às 15h00 começam as atividades com “Arte Sonora”, um conjunto de surpresas acústicas em espaços da cidade: Batalha, Santa Catarina, Sá da Bandeira e Bolhão. Por volta da 17h00 tem início a Arruada Musical e Comédia dell’Arte pelas ruas de Santa Catarina e Passos Manuel e praça D. João I. Estes festival desafia a participação da população portuense. Os cidadãos podem também participar através da página do Facebook do festival, com fotografias e quadras de São João.

O dia culmina com o concerto da orquestra que, composta por alunos da escola, funciona ao longo de todo o ano letivo. “A Orquestra Sinfónica da ESMAE é um dos elementos fundamentais do currículo da escola”, explica ao JPN Mário Azevedo. O responsável garante que os portuenses podem esperar “um verdadeiro exercício multidisciplinar entre a música, o teatro e as artes da imagem.”

O concerto da orquestra não vai ser um evento tradicional. Ao longo das atuações, as imagens alusivas à festa de São João e as imagens submetidas através do Facebook pelos espectadores vão surgindo. As peças tocadas têm um caráter festivo: “Royal Fireworks”, de Handel, “Abertura Festiva”, de Shostakovich e “Danzón n.º 2”, de Arturo Marquez, são alguns desses casos.

Raquel Iglésias é espanhol, está no Porto e na ESMAE desde setembro de 2011 e é contrabaixo. Sendo o primeiro São João que passa no Porto, a estudante e música espera, para este concerto, “algo muito emotivo, depois de muito trabalho”.

Joana Lopes também toca contrabaixo na orquestra. Segundo esta estudante esta é “uma iniciativa muito interessante por parte da ESMAE e do IPP.” “Vamos mostrar à cidade que o Porto tem uma grande orquestra aqui”, declara, acrescentando que “o programa é aliciante” e destacando a componente multimédia deste festival.

Para António Saiote, o fator importante deste concerto é “estar em casa”, com as peças a “contribuir para o nível social da cidade”. Para o maestro, a praça D. João I é, por isso, um “bom palco, perto da catedral, do Rivoli”.