A história não está a favor de Portugal. Dos 34 encontros entre as duas seleções, a equipa portuguesa ganhou apenas em seis ocasiões, contra 16 vitórias espanholas. O último encontro, no entanto, traz boas recordações. Uma vitória expressiva por 4-0, num amigável em 2010. Mas já lá vamos.

Pode dizer-se que, para Portugal, tudo começou com a Espanha. Pelo menos ao nível dos golos. Em 1984, na primeira participação portuguesa em fases finais de Campeonatos da Europa, a seleção estreava-se com um empate a zero com a Alemanha (ainda Ocidental). No segundo jogo, surgia o primeiro golo português num Europeu. Contra a Espanha, precisamente, o golo de António Sousa valeu o empate a uma bola. Uma vitória frente à Roménia no terceiro jogo valia a passagem à fase seguinte, onde Portugal seria eliminado pela França.

Depois disso, as duas equipas apenas se voltariam a encontrar em competições internacionais 20 anos mais tarde. Em 2004, Portugal recebia a fase final do Europeu desse ano. Portugueses e espanhóis chegavam ao último jogo da fase de grupos com obrigação de ganhar, para manter as esperanças de avançar na prova. Um golo solitário de Nuno Gomes deu a vitória a Portugal e também o apuramento para os quartos de final.

Seis anos mais tarde, novo confronto, desta feita a contar para os oitavos de final do Mundial 2010, na África do Sul. A Espanha, campeã europeia em 2008, era a grande favorita, e acabou mesmo por vencer o jogo com um golo (irregular) de David Villa.

Mais tarde nesse ano, no entanto, Portugal conseguia uma vitória histórica sobre o país vizinho. 4-0 no Estádio da Luz, num amigável entre as duas seleções. Um resultado que será certamente difícil de repetir, mas para o qual os jogadores podem olhar como fonte de motivação extra.

Em seis participações, a seleção portuguesa chega pela quarta vez às meias-finais de um Europeu. Chega aqui também como a única equipa que nunca foi eliminada na fase de grupos. Apesar disso, tem pela frente um adversário que é campeão europeu e mundial em título. O favoritismo fica do lado espanhol, como os próprios jogadores portugueses admitem.

Mas depois de terem passado o “o grupo da morte” e vencido a República Checa nos quartos de final, os portugueses, liderados por Cristiano Ronaldo, mantêm vivo o sonho de chegar à final e, desta vez, levar o título para casa.