A Torre dos Clérigos completa, em 2013, 250 anos. No âmbito das comemorações, está a ser desenvolvida, pela Irmandade dos Clérigos, uma série de eventos e iniciativas, que começaram já a partir deste ano.

Durante o mês de maio estiveram expostas, no Palácio da Bolsa, 15 imagens inéditas do espólio da Igreja dos Clérigos. As fotografias são da autoria de Luís Ferreira Alves, fotógrafo arquitetónico. Nas suas title=”fotografias”>fotografias, o artista captou os aspetos mais intimistas do edifício e revelou, ainda, pormenores até agora desconhecidos.

Está também a ser concretizada a criação do bombom “Clérigos”. Segundo o presidente da Irmandade dos Clérigos, o padre Américo Aguiar, o objetivo era, inicialmente, o de conceber um doce que concorresse com o pastel de Belém, mas “poderia não ser fácil comercialmente”. Por isso, a ideia evoluiu para um bombom e a criação do mesmo está a cargo de chefe Hélio Loureiro e da Casa Arcádia. O propósito é inventar um bombom que transmita aos visitantes da torre “a que é que sabe o Porto”, assegura o diretor da Irmandade.

O bombom não é, no entanto, o único projeto que está a ser alinhavado com o chefe Hélio Loureiro. A Irmandade tem em mente a construção do edifício da torre em chocolate e à escala real. Vão ser necessárias aproximadamente 14 toneladas de chocolate. No entanto, esta iniciativa ainda está a ser pensada e precisa da ajuda de mais parceiros.

Os Clérigos pelos historiadores do Porto

Américo Aguiar disse ao JPN que Hélder Pacheco, investigador e cronista das culturas e tradições populares do Porto, foi contactado para escrever um livro sobre a torre e a sua relação com a cidade.

Também Germano Silva, ex-jornalista e historiador portuense, vai fazer uma história da Irmandade dos Clérigos para ser vendida aos turistas, em 15 línguas diferentes. Pretende-se que seja uma “história popular levezinha, mas que o turista fique a saber o que é aquele edifício e como foi feito”, explica Américo Aguiar.

A cargo de Francisco Queiroz está uma publicação que incida na perspetiva da história da arte do património da Igreja e da Torre dos Clérigos, enquanto o arquiteto Manuel Montenegro vai escrever uma obra com as atualizações arquitetónicas da torre. O diretor da Irmandade acrescenta que o objetivo é publicar todas estas obras durante as celebrações.

Protocolos com a Santa Casa da Misericórdia e com a CMP

No âmbito das comemorações, a Irmandade dos Clérigos assinou um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia do Porto, para a “criação de um circuito de visitas comum à Misericórdia e aos Clérigos”.

Também com a Direção Regional de Cultura do Norte e com a Câmara Municipal do Porto foram assinados protocolos para que seja delineado um programa de intervenção no edifício, afirma o padre. São exemplos desse programa de intervenção a abertura de um espaço museológico dedicado a Nicolau Nasoni e, também, a criação de um espaço polivalente nos Clérigos.

A Torre dos Clérigos foi concebida pelo arquiteto Nicolau Nasoni e mandada erigir a pedido da Irmandade dos Clérigos Pobres. A torre é constituída por seis andares e tem 75 metros de altura, sendo necessário subir uma escada em espiral com 240 degraus para alcançar o topo.