A depressão pós-Milhões de Festa já chegou. Ontem, domingo, viveu-se um dia lindo em Barcelos desde a tarde, altura do dia em que a banda de Natte Brenner (baixista de tUnE yArDs) entrou em palco. Naytronix levou o ambiente mais “cool” à piscina e foi banda sonora dos festivaleiros que improvisaram uma rede e bolas de vólei insufláveis ou tentavam bater recordes em pirâmides humanas na piscina. Logo depois vieram os Moon Duo mostrar a toda a gente como se dá um concerto a sério.

Mas a noite começou por ser portuguesa. Depois de Al-Madar, L’enfance Rouge e Riding Pânico, os Memória de Peixe provaram que “o que é nacional é bom”, num concerto que poderá ter sido um dos melhores desta edição. A excitação via-se ao longe: deram-nos música, quem lá esteve fez o resto.

E a excitação continuou. Alt-j entrou logo depois para um concerto memorável. Pontos altos como os singles “Breezeblock” ou “Fitzpleasure” levaram o público ao êxtase. A sonoridade da banda de Leeds valeu-lhes, com certeza, lugar no “Top 3” de concertos do Milhões de Festa deste ano.

A festa continuou com Gnod/ Black Bombaim. A fusão de bandas resultou em algo engraçado, longe do estilo normal de Black Bombaim, mas acabou por funcionar. Uma boa abertura para o que vinha aí: Red Fang trouxe “stoner” do bom e encerrou assim o Palco Milhões.

Começou o “after-hours”. Discotexas Band pôs toda a gente a mexer e houve até tempo para “crowdsurfing” da menina da banda. Foi um bom aquecimento para a máquina imparável que se esperava a seguir: Shangan Electro. Os ritmos sul-africanos penetraram pelo Palco Vice e ninguém conseguia parar. Shangan Electro terá sido o melhor concerto dos “after-hours”, pelo menos, o mais convincente. Faltava pouco para a festa acabar. Fechou-se mais uma edição do Milhões com Zombies For Money e várias foram as pessoas que não tiraram o pé do recinto até ser dado o encerramento oficial.

E assim se passou mais uma edição do Milhões de Festa. Foi bonito.