O projeto Museu do Resgate é uma plataforma nascida no âmbito do doutoramento em Médias Digitais, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), de Daniel Brandão, em parceria com a Universidade do Texas, em Austin (EUA).

Atividades programadas

Durante o mês de julho, com o objetivo de atrair participantes, os sábados foram dias das rusgas de vídeo. As pessoas levavam o material e dispõem de uma hora para caminhar pela freguesia em causa à procura de motivos para filmar. Findo esse tempo, entregam os vídeos. Em setembro, vão ser feitas sessões de “corte e costura”, com as quais se pretende estimular a criação de novas narrativas ou a reinterpretação do arquivo. Os resultados vão ser apresentados em espaços públicos, montras de lojas e cafés.

O conceito é simples: é um museu porque é um arquivo e é de “Resgate” porque pretende salvar as memórias de quem vive nas freguesias abrangidas (Sé, Vitória, S. Nicolau e Miragaia).

Criado em junho, e com funcionamento no Youtube e no Facebook, no primeiro dia da iniciativa surgiu o primeiro contribuito: imagens captadas por uma criança de sete anos com o telemóvel da mãe, no Mercado da Pulga, na rua das Flores.

O principal objetivo do Museu do Resgate é criar um arquivo de documentação participativo e vivo, funcionando como um registo aberto, que privilegia a comunicação e que vive do contributo das pessoas.

Como indicado no Facebook oficial da plataforma, é um conjunto de “registos do dia-a-dia gravados por quem lá mora ou trabalha e por quem o visita”, desde “vídeos de uma sardinhada de S. João em Miragaia gravados com o telemóvel a vídeos da Torre dos Clérigos gravados com a câmara de filmar”. E, até à data, o arquivo já conta com 322 vídeos. As instruções para a realização e envio dos vídeos estão aqui.