“Ninguém fica em casa quando as Manobras estão na rua” é a frase que serve de mote à iniciativa com data de início marcada para 28 de setembro. A finalidade a é dinamização do centro histórico e o aumento do envolvimento da comunidade nos projetos na cidade. Abolir fronteiras físicas e invisíveis entre freguesias, bairros, instituições e estratos sociais é um dos principais objetivos

Os Arcos de Miragaia, o Passeio das Virtudes, o Miradouro da Bataria da Vitória e o Miradouro da Sé foram os escolhidos para abarcar um conjunto de atividades que visam evidenciar a cidade do Porto pelo sua identidade. Procura-se, segundo a página do projeto, a evidenciação de uma “cidade plural e diversa, que avança graças ao encontro fértil das suas diferenças” e a concretização de uma “estratégia de ocupação do espaço assente na exploração da cidade escondida”.

No centro da atenção estão, também, fatores que dizem respeito à sustentabilidade e ao apoio aos projetos da cidade, assim como à promoção de debates que despertem para a reflexão crítica acerca da vida citadina.

4 projetos, 4 locais, 4 manobras

Divididas pelo centro histórico da cidade, as quatro praças possuem ao longo dos 10 dias uma programação distinta. Quatro projetos âncora serão responsáveis pela ocupação dos espaços e servirão de contacto com as restantes manobras.

No Passeio das Virtudes, o projeto “Da Minha Janela Vê-se o Rio”, com o apoio de habitantes de Miragaia, encenou uma , onde as componentes literária e audiovisual assumem um papel importante.

é a iniciativa que explora situações relativas às rotinas de crianças, idosos e sem-abrigo, numa peça de teatro, a cargo da PELE – Espaço de Contacto Social e Cultural.

Junto à Sé do Porto, o “Síncope” estimula à criação de um grupo para o desenvolvimento próprio das várias dimensões do projeto teatral e cinematográfico, desde a escrita do guião, à cenografia e à representação.

Nos Arcos de Miragaia, a dinamização está a cargo do Grupo Musical de Miragaia, cujo trabalho vai no sentido renovar ou relembrar histórias e lendas ou músicas, através de várias atividades distintas.

“A bARCA da Memória” para abrir em 2112

Em todas as praças, estarão disponíveis locais para que as pessoas deixem qualquer tipo de objetos que, uma vez guardados, serão armazenados de maneira a que preservem. Numa fase final, serão colocados numa barca que se afundará e serão deixados no fundo do oceano.

“A ideia é que se fixe uma memória coletiva do Porto resultante das memória anónimas dos portuenses e que um dia, talvez em 2012, revele melhor quem fomos em 2012”, afirma Lino Teixeira, responsável pela promoção do projeto.

A 7 de outubro, um cortejo como depósito das memórias partirá de cada uma das praças em direção ao barco atracado e a viagem em direção ao mar poderá ser acompanhada através das margens.

Manobras desde 2011

A concretização do Manobras deu-se, pela primeira vez, em 2011 com o “5 dias de Manobras“. O sucesso determinou o investimento numa segunda edição.

O financiamento da iniciativa é feito pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e pela Câmara Municipal do Porto.