A hora e o dia estão marcados: dia 13 de outubro, às 15h00, repete-se a “Panelada de Protesto“. Quase meio ano depois, os objetivos não mudaram. Querem “aumentar o volume de protesto” e lutar contra “a perda de direitos adquiridos”, a austeridade e o desemprego.

A iniciativa partiu novamente da Assembleia Popular do Porto mas mais 12 cidades se uniram ao protesto. Braga, Porto, Viseu, Coimbra, Aveiro, Caldas da Rainha, Lisboa, Setúbal, Loulé, Faro e Portimão querem trazer as panelas para a rua, em simultâneo.

Mas o protesto não se fica por terras lusas. Desta vez, o movimento vem no da âmbito “Global Noise – Semana de Ação contra a Dívida“, que desafia várias cidades por todo o mundo a unirem-se à indignação. “A resposta do Estado à crise financeira e económica é a mesma em todo o lado: cortes nas despesas e medidas de austeridade, sob o pretexto de reduzir os défices”, lê-se em comunicado, na página do movimento.

No Porto, a concentração tem lugar na Praça da Batalha e segue até à Praça D. João I. Aí, unem-se à manifestação cultural – também do movimento “Global Noise” – marcada para as 17h00. “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas” é o lema do protesto que quer, ao mesmo, “lançar um grande evento cultural”, “trazendo da rua para a arte e da arte para a rua toda a energia que as percorre”. Defini-se como “um encontro de vontades” contra “a austeridade e os seus implementadores” numa “manifestação marcadamente baseada nas artes e no espectáculo”.

Com presença confirmada estão os artistas Manel Cruz, Clã, Osso Vaidoso, As 3 Marias, Olive Tree Dance, Nuno Prata; entre outros. A organização insiste em sublinhar que este evento “não é um concerto” mas garante que “será um dia de música, dança, teatro, poesia, pintura e todas as formas de arte que materializem o espírito de insubmissão que se sente em todo o país”.