Rosina Pereira é estudante da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e é a presidente da Academia Política Apartidária (APA). Segundo a jovem estudante, o projeto surgiu porque consideraram importante conviver e discutir política com pessoas de ideologias diferentes. Apesar de muitos dos elementos da APA fazerem parte de Juventudes Partidárias, no espaço da Academia podem discutir “política pela política” e deixar de parte a identificação com um partido.

A APA, que funciona através do debate e discussão, defende valores como a transparência, o apartidarismo e a responsabilidade social e conta com membros de três cursos: Economia, Gestão e Direito das universidades do Porto e da Católica. Para os elementos da Academia, o grande objetivo do projeto é fazer com que os jovens se interessem pela política e mostrar-lhes que “para se fazer política não se precisa de estar num partido”.

Os elementos constituintes desta associação apartidária são escolhidos “com todo o cuidado” para existir a certeza das intenções de cada pessoa ao integrar a APA e para garantir que a “cor” de cada um não influencia as decisões da Academia. Ainda assim, Rosina fala sobre a possibilidade de alargarem os seus membros a estudantes de outras faculdades.

Este clube já teve a oportunidade de mostrar os seus ideais no ciclo de conferências “PoliticaMente”, em que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, entre outros, já esteve presente.

Quanto ao futuro, “ainda não pensaram muito nisso”. A presidente explica que, por agora, querem principalmente falar sobre fraude, e possíveis formas de a combater, e consultoria pública, assim como criar um diálogo com o público à volta dos temas, mas não têm “datas fixas” até ao momento.

O projeto continuará a ser desenvolvido sempre com a responsabilidade social em mente e a vontade de falar abertamente sobre “o que não está a ser bem feito na política”, independentemente dos partidos.