O dirigente do Sindicato Nacional dos Motoristas, Jorge Costa, é claro: a greve geral desta quarta-feira está a registar uma adesão total entre os motoristas da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP). Até às 09h00, pelo menos, não circularam autocarros nas ruas do Porto. Nenhum chegou sequer a sair das estações de recolha da Via Norte e de Francos. O normal seria a circulação, a essa hora, de cerca de 400 viaturas.

Uma fonte da empresa contou ainda à Lusa, que os motoristas que pretendiam sair esta quarta-feira “foram impedidos de o fazer, por pessoas estranhas à empresa”, nas estações de recolha. Isto, “apesar da presença da polícia” no local, explicou a empresa, em comunicado.

“Não sei o que vai acontecer a partir de agora porque a polícia está a tentar demover o piquete para que se cumpram os serviços mínimos, mas, até ao momento, não houve nenhum problema”, contou, em declarações à Lusa. Explicou ainda que “nem os serviços mínimos estão a ser cumpridos, porque o tribunal arbitral exclui o SNM da negociação e, portanto, o sindicato considera que os motoristas estão excluídos dessa decisão”.

Já o metro do Porto garante os serviços mínimos nas linhas Senhora da Hora -Dragão e Hospital de S. João – Santo Ovídeo, com frequências de 30 minutos. Orlando Monteiro explica que “entre os associados do sindicato a adesão é de 100%”, mas “há uns 6 ou 7 motoristas que não aderiram”. Por isso mesmo, a empresa diz que o dia “está a decorrer como o anunciado”.

Em comunicado, a União dos Sindicatos do Porto garante que não há metro na Póvoa, Vila do Conde, Maia, Gondomar e centro de Matosinhos e destaca a “adesão histórica” [de 100%] registada na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto.