Entre 2001 e 2010, em Portugal, o peso do número de licenciados em Matemática, Ciências e Tecnologias, cresceu quase dez pontos percentuais – de 17% para 25%. Na verdade, foi o maior crescimento no espaço europeu.

Quem o mostra é o relatório Eurydice, responsável pelo tratamento e análise de informação sobre os sistemas de educação europeus. O documento [PDF] acaba por valorizar ainda mais esta realidade portuguesa, tendo em conta que, nos outros países, o peso dos cursos concluídos na áreas das ciências teve a tendência de diminuir.

Com efeito, em 33 países da Europa analisados, apenas 11 obtiveram um crescimento deste índice, sendo que, alguns deles, não tinham, em 2001, qualquer registo para que fosse possível comparar. Ainda assim, só mesmo Malta conseguiu um aumento tão elevado como o português (de 8% para 16%). Entre os países com maiores percentagens de peso dos cursos concluídos ligados às ciências, destacam-se a Áustria e a Finlândia (29% e 32%, respetivamente). Aqueles com menor percentagem em 2010 foram, por exempo, a Holanda e a Polónia (14% e 16%, respetivamente).

A área das Matemáticas, Ciências e Tecnologias é uma das oito competências que a União Europeia considera cruciais os sistemas educativos europeus desenvolverem.