O projeto surge no âmbito do programa comunitário ELENA (European Local Energy Assistance), para a eficiência energética. O co-autor é o ex-presidente da câmara do Porto Nuno Cardoso e vai servir de base a uma candidatura a apresentar ao Banco Europeu do Investimento (BEI).
V. N. de Gaia foi uma das seis cidades europeias a ser convidadas pelo BEI a apresentar os projectos (nas áreas de edifícios públicos, transportes e iluminação pública) candidatos ao financiamento, que ronda os 73 milhões de euros.
Na vertente dos transportes públicos, o programa de Gaia – votado e aprovado esta quarta-feira – é um “plano estratégico a ser desenvolvido nos próximos anos em Gaia”, garantiu à Lusa o vice-presidente da autarquia, Firmino Pereira. A estratégia passa por duas linhas de actuação: o “redesenho da rede de transportes públicos e a promoção de transportes públicos sustentáveis”, assim como a “introdução de tecnologias mais eficientes na frota dos transportes públicos”, lê-se no documento da programa.
“CityGaia” quer pôr os cidadãos a andar a pé e a partilhar os transportes
O projeto levou à requalificação de vários estradas no centro da cidade, à definição da estruturação de uma rede de corredores BUS e ao “equacionar de uma nova componente infra-estrutural, estruturante e inovadora: um monorail suspenso”. Este deve ser dotado de “uma linha nascente-poente que se articule com a cidade do Porto” e, numa primeira fase, deve ligar “a zona comercial centrada no Gaiashopping com o eixo nascente da Raimundo Carvalho”.
Está ainda prevista a criação um novo serviço estilo “ecobus”, energeticamente eficiente e não poluente, “a operar nas zonas históricas e central da cidade de Vila Nova de Gaia”. O projeto contém ainda um âmbito informático, designado “Citygaia” e formado por “plataformas e equipamentos de informação para os utentes do sistema de transportes”, promovendo intermodalidade e favorecendo a “utilização de modos suaves nas deslocações intra-urbanas (car sharing, bike sharing ou a pé)”.O “Citygaia inclui ainda o desenvolvimento de aplicações web, como o “citygaiamobile” ou o “citygaiaurbdesign”.
