Corria o mês de dezembro de 1992, mas o Natal ainda estava a alguns dias de distância. Mesmo assim, o programador britânico Neil Papworth decidiu desejar “Merry Christmas” ao amigo Richard Jarvis, funcionário da Vodafone UK, que, nesse dia, estava na festa natalícia da empresa.

Tendo em conta que Neil não estava à beira de Jarvis, podia telefonar ou, para dar um maior significado à ação, enviar uma carta, até. Não, nada disso. Preferiu enviar uma mensagem escrita para o telemóvel do amigo. Isto numa altura em que o mundo ainda não sabia o que era receber uma mensagem escrita de um amigo, num telemóvel.

Foi assim que, há 20 anos, foi utilizado pela primeira vez o SMS (Short Message Service), desde o computador de Neil Papworth para o Orbitel 901 de Richard Jarvis, o “smartphone” da época, com muitos mais quilos do que os telemóveis atuais.

Já não se enviam “bjs” como antigamente

Segundo dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), em Portugal, no segundo semestre de 2012, foram enviadas sete mil milhões de SMS, menos 6,2% do que no mesmo período do ano passado. Os números individuais mostram que, desde janeiro, cada utilizador do serviço enviou, por mês, uma média de 322 mensagens escritas.

São números que representam um decréscimo de adesão, muito por culpa de novos sistemas de comunicação rápida que surgiram na era dos “smartphones”. Serviços como o Whatsapp, Viber, Groupme e até os “tradicionais” chats do Facebook, Gmail e Skype, permitem aos utilizadores uma troca constante de mensagens de forma gratuita ou quase gratuita (paga-se apenas o acesso à Internet e, nos locais onde existe rede wi-fi, não é necessário pagar nada).