O mercado do Bolhão tem sido, por estes dias, um autêntico objeto de considerações por parte dos candidatos à Câmara do Porto (CMP) e, até, pelo presidente da autarquia.

Primeiro foi Manuel Pizarro, candidato do Partido Socialista (PS), ao dizer que, se for eleito, recupera o Bolhão até 2015. Esta terça-feira, foi a vez do candidato do Partido Social Democrata (PSD), Luís Filipe Menezes, prometer que, caso vença as eleições, restaura o mercado no primeiro ano do mandato. Por último, coube ao presidente da CMP, Rui Rio, tecer declarações sobre o espaço.

Foi esta terça-feira, no final da reunião camarária que acabou por aprovar o orçamento para 2013, que o autarca revelou, perante os jornalistas, o que pretende fazer com a verba de 735 mil euros prevista no documento para intervir no Bolhão: “É uma verba que servirá para retirar os andaimes e escoras, dar uma pintadela e fazer pequenos arranjos”, disse.

No fundo, “lavar a cara” ao mercado, referiu Rio. E “logo em fevereiro”, se for necessário. A intervenção só chega no último ano de mandato de Rui Rio, mas o presidente da CMP diz que era impossível acontecer antes, porque não podia “deitar 700 mil euros fora, quando estava à espera de um projeto”. O autarca refere-se a uma empreitada de reabilitação do Bolhão preparada pela Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), que permanece sem desenvolvimentos há algum tempo.