Diz a ANACOM que cerca de 7,1 mil milhões de SMS foram enviadas de outubro a novembro do ano passado. Quanto aos postais, houve um aumento de 3,1% durante o quarto trimestre de 2011, devido ao Natal. Mesmo assim, quando comparado com o mesmo período do ano anterior (2010), este número apresenta uma redução de 8,6%.

Os proprietários das papelarias são quem mais sente esta mudança. Cláudia Pinto, proprietária de uma papelaria na Rua dos Bragas, diz que ainda vende alguns postais de Natal mas que nota a diferença desde há uns anos. Admite que sente que, agora, as pessoas usam muito mais o telemóvel e o computador e que os postais de Natal ficam reservados a pessoas de “outra geração”. Assim, já não encomenda o mesmo número de postais que encomendava há alguns anos.

Apesar disso, Rogério Nicola, também proprietário de uma papelaria portuense, garante que algumas pessoas ainda mantêm a tradição viva. Segundo Rogério, há pessoas que esperam pelo momento em que os postais são postos à venda. “Há pessoas que se mantêm fieis à tradição de enviar um postal”. No entanto, não esconde que há menos compra de cartões.

Os hábitos dos portugueses variam: se há quem não resista a um postal de Natal, também há quem já não se lembre dele.

Tradições à parte, a verdade é que as mensagens e os e-mails têm mais adeptos. O preço e a rapidez com que chegam ao destinatário são as principais causas desta opção dos portugueses. De facto, os postais parecem já não fazer parte da tradição.