Já muito se tem falado do novo sistema de pesquisa que o Facebook vai lançar, universalmente, em breve, chamado “Gráfico Social” e que, para já, só se encontra disponível num programa beta limitado a utilizadores de língua inglesa, nos EUA.

Já se disse que se trata de um sistema de pesquisa interna super-inteligente, capaz de apresentar resultados eficazes a “procuras” feitas por utilizadores, através de um discurso informal, como, por exemplo, “Pessoas que gostam de ciclismo e são da minha cidade natal”.

Já tudo isto foi dito. Mas o que ainda ninguém tinha revelado, até agora, era o potencial máximo do “Gráfico Social”. No entanto, Tom Scott, um inglês que já tem acesso à nova ferramenta do Facebook, tomou a liberdade de o fazer. Para que toda a gente que ainda não tem o mesmo privilégio possa ver, Scott criou o Tumblr “Actual Facebook Graph Searches“, onde colocou algumas das pesquisas que fez – com “print screen” (captura de ecrã) incluído, não fosse alguém ficar com dúvidas (somente os dados pessoais dos utilizadores foram escondidos e as fotos desfocadas).

“Pessoas casadas que gostam de prostitutas”

A verdade é que Tom Scott quis testar a nova pesquisa a sério e conseguiu-o. Fez “procuras” que, com o sistema atual do Facebook seriam impossíveis, mas que, com o “Gráfico Social” aparecem, realmente, resultados.

Mães de judeus que gostam de bacon” (embaraçoso para os utilizadores que aparecem nos resultados, porque a religião judaica procura evita carne de porco), “Homens islâmicos interessados em homens que vivem em Teerão, no Irão“, “Mulheres solteiras que vivam perto, estejam interessadas em homens e gostem de ficar bêbedas” e “Pessoas casadas que gostam de prostitutas” (inclusive com resultados para “Os cônjuges destas pessoas”), foram algumas das pesquisas feitas por Scott e que apresentaram, de facto, resultados de utilizadores com essas características.

Tudo isto mostra o potencial do “Gráfico Social” e, também, a vulnerabilidade de pessoas “que não têm conhecimentos necessários para estarem seguras” no Facebook, diz Tom Scott no seu Tumblr. Apenas os mais desatentos devem passar por este tipo de situações quando o novo sistema da rede social for lançado, porque “a maior parte das pessoas nunca vai correr o risco de tornar o que não quer, público”, refere o internauta. Por precaução, Scott avisa: “Se se tratar de algo embaraçoso o suficiente para passar num ecrã na Times Square, não ponham no Facebook. Ah, e verifiquem as vossas definições de privacidade outra vez”.