Segundo a Agência Lusa, está a circular, por correio eletrónico, um apelo para uma concentração, esta quinta-feira, no Porto, que tem como pretexto o último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), encomendado pelo Governo. Os subscritores, na maior parte professores universitários, não estão de acordo com a postura do Executivo perante aquilo que consideram “uma brutal declaração de guerra à nossa economia e aos direitos dos cidadãos”.

Por conseguinte, pretendem aproveitar a próxima quinta-feira para demonstrarem a revolta e, ao mesmo tempo, assinalar a efeméride de 31 de janeiro de 1891. No contexto da evocação histórica, a concentração está marcada para as 18h30, em frente à igreja de Santo Ildefonso.

Segundo o texto que lança o convite ao movimento, trata-se da altura pertinente para homenagear “todos aqueles que se bateram contra o ultimato inglês e contra o regime que aceitou um outro ‘memorando’, numa conjuntura de bancarrota nacional, gerada pela incompetência dos governos da época”.

Para quem se associou à causa, de onde se destacam os professores universitários Teresa Medina, Luís Miguel Duarte, João Caramelo, entre outros, ou o jornalista Germano Silva e a poetisa Ana Luísa Amaral, o relatório do FMI é uma “inaceitável ingerência estrangeira, que pretende determinar o futuro de Portugal, enfraquecer a República e a democracia, rasgar a Constituição, agravar a precariedade, o desemprego, a miséria e as desigualdades sociais”.