Os dados são da Associação de Comerciantes do Porto (ACP), que alerta para a necessidade urgente de um “plano estratégico para o comércio”, já que loja nenhuma tem escapado à crise. Do material eletrónico às mercearias e cafés, todos os dias fecham dezenas de lojas de comércio tradicional no Grande Porto.

“Os pequenos comerciantes são muito atingidos. A introdução de alterações na faturação e nos contratos de arrendamento foram a morte de muitas lojas”, diz Nuno Camilo, presidente da ACP.

Só o ano passado, no último semestre, encerraram cerca de 20 lojas por dia. E, este ano, que ainda mal começou, o Movimento Empresarial da Restauração fala já em 320 estabelecimentos da área encerrados.

Para o presidente da ACP, está a viver-se um “momento de emergência empresarial” que deve ser resolvido, já que “a nível nacional existem cerca de 600 mil pessoas a trabalhar no setor”. Lembra ainda que só no setor da restauração – um dos mais atingidos -, no ano de 2012, foram extintos “40 mil postos de trabalho”, consequência do aumento do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) de 13 para 23%.