O Primavera Sound volta para a 2.ª edição, no Parque da Cidade, depois do sucesso que foi a primeira. Blur e Nick Cave & The Bad Seeds eram os nomes conhecidos até esta terça-feira. Em conferência de imprensa, desvendou-se o cartaz e surgiram dezenas de novos nomes, como My Bloody Valentine, Grizzly Bear, Deerhunter, Swans, Dead Can Dance ou James Blake.

Cartaz

Nas redes sociais, foi bem recebido por uns e não tão bem recebido por outros. O que é certo é que não houve grande euforia, mesmo com a aposta num cartaz “mais ambicioso”, com “maior esforço financeiro” em prol de uma “garantia de sucesso”, segundo José Barreiro, da organização. Mais uma vez, o cartaz do Porto acabou por ser irmão gémeo do de Barcelona – à excepção de Explosions In The Sky (que cancelaram o ano passado) e Pegasvs.

Este ano, o recinto mantém a mesma “filosofia”, mas também há novidades nos espaços: a curadoria do quarto palco, o palco Club, foi atribuída à webzine “Pitchfork“, que dita as tendências indie da música internacional.

Quanto à festa de encerramento, que o ano passado trouxe os concertos do último dia até à Casa da Música e ao Hard Club com a ideia “Primavera na Cidade”, ainda não há novas informações. Não se sabe se se manterá o formato ou sequer se acontecerá nos mesmos locais.

A representação portuguesa e a conquista do público nacional

A representar a qualidade portuguesa estão Paus (que também atuam na edição catalã do festival), Memória de Peixe, Dear Telephone (que já mostraram o engenho na conferência) e The Glockenwise, num cartaz que deve “atrair mais gente” e originar uma “presença massiva do público inglês”, tendo em conta os bilhetes que já foram vendidos. Ainda assim, a lotação diária de 25 mil pessoas por dia mantém-se.

José Barreiro garante que já houve um aumento de 30% na procura, em relação ao mesmo período do ano passado, e que, este ano, há mais público português a comprar bilhetes. Ainda assim, assegura também a presença de público estrangeiro, que o ano passado representou mais de 60% do total.

O que é certo é que, como referiu Rui Rio, que acompanha a segunda edição do festival como a última enquanto presidente da autarquia, este evento está cada vez mais firme na cidade e o objetivo é que “assuma aqui características tão próprias que só possa existir no Porto”, já que tem permitido a sua dinamização internacional enquanto destino turístico.

José Barreiro, assegura mesmo que o evento há-de manter-se por estas bandas durante muito tempo: “é o espaço perfeito na cidade perfeita”, até se “torna mais fácil convencer os artistas”, conta. O Optimus Primavera Sound acontece de 30 de maio a 1 de junho e o passe geral custa 110 euros, mas a partir de 12 de fevereiro estará disponível nas lojas Optimus a 90 euros.