Adriano Campos, membro do movimento “Que se lixe a troika”, esteve presente no evento e confirma que foi uma forma de divulgar a manifestação que vai decorrer no dia 2 de março.

O ativista considera o que aconteceu “uma ação pontual” e “válida” e sublinha o caráter pacífico com que tudo decorreu. Não deixa também de realçar a presença de pessoas que não pertencem à plataforma, mas que quiseram mostrar descontentamento.

Adriano Campos acrescenta que vê como “uma piada” a ida de Miguel Relvas a uma iniciativa organizada por um organismo denominado Clube dos Pensadores. Admite, também, que Miguel Relvas talvez já tivesse conhecimento da ação.

Na sua opinião, a escolha de Gaia “não foi neutral” para protagonizar esta aparição pública, com base numa série de perguntas da audiência. Olha para a estrutura social-democrata concelhia como “uma grande base de sustentação do Governo”.

A luta continua

A plataforma promete continuar a lutar – as reuniões semanais, abertas a todos os cidadãos e as colagens de rua são alguns exemplos – e não descarta a repetição de “confrontações” como a de ontem. Tudo para conseguir os principais objetivos: a demissão do Governo e a saída da “troika”.

O movimento “Que se lixe a troika” formou-se na manifestação de 15 de setembro e agrega vários movimentos e todo o tipo de cidadãos (com e sem filiação partidária). Pretende ser uma corrente apartidária, mas não apolítica. A próxima grande iniciativa vai ter lugar a 2 de março, mas Adriano Campos prefere não avançar com números concretos que meçam a adesão à manifestação.