A Universidade do Porto e a Fundação Instituto Marques da Silva (FIMS) aliam esforços para exibir o espólio artístico de Marques da Silva. A exposição conta com obras do próprio arquiteto e de vários artistas portugueses do final do século XIX e inicio do século XX.

Arquiteto Marques da Silva

Passados 65 anos da sua morte, a obra arquitectónica de Marques da Silva continua a marcar completamente a paisagem portuense. Entre os edifícios que assinou na cidade destacam-se a estação de São Bento, o Teatro Nacional S.João e a Casa de Serralves. O arquiteto é ainda responsável por alguns dos principais edifícios dos Aliados. Artur Vasconcelos, comissário da exposição salienta que os “edifícios continuam organismos vivos da cidade, por onde circulam milhares de pessoas”.

Entre as obras expostas destaca-se um conjunto de aguarelas da autoria de Marques da Silva que demonstram o interesse do arquiteto em paisagens naturais e momentos festivos tradicionais da vida da população, nomeadamente Barcelos, cidade com a qual teve especial ligação. Artur Vasconcelos, comissário da exposição, explica que “o arquiteto tinha grande gosto pelas artes plásticas, o que se notava na arquitetura: os seus projetos incluíam pormenores de pintura e escultura”.

Para além de obras do próprio Marques da Silva, a exposição conta ainda com várias pinturas que o artista adquiriu ou encomendou ao longo da sua vida. Os quadros expostos constituem uma coleção exemplar do Naturalismo português com obras de autores como José Malhoa, Marques de Oliveira, Cândido da Cunha

Através da herança artística de Marques da Silva, a exposição pretende demonstrar o interesse do arquiteto nas artes plásticas. Artur Vasconcelos, salienta que “na pintura, tal como na arquitetura, nota-se o gosto pelo conservadorismo e pela policromia”.

A exposição está patente até dia 8 de março, na Reitoria. As visitas guiadas são gratuitas mas dependem de marcação prévia.