“Gnaw” e “Humanity’s End” foram os filmes exibidos no Grande Auditório do Rivoli na noite de 27 de fevereiro. Do Reino Unido e dos EUA, respetivamente, ambas as longas-metragens foram de baixo orçamento. Apesar da primeira apontar para o terror e a segunda para a ficção científica, as inconsistências dos filmes, sobretudo as de “Humanity’s End”, criaram momentos de humor para a plateia presente.

Gnaw” é um filme de 2009. Realizado por Gregory Mandry, a obra traz a história de seis amigos que vão passar o fim de semana ao campo. As mini-férias do grupo tornam-se num pesadelo culinário quando descobrem que os seus anfitriões são uma família de canibais.

A sinopse do guia oficial do Fantasporto ditava já o desfecho do filme ou, pelo menos, uma parte principal ao revelar que os anfitriões da casa onde o grupo vai passar o fim-de-semana são canibais. Contudo, “Gnaw” segue a estrutura de um típico “slasher film” e seus clichés, desde o grupo de amigos às ações tomadas pelas personagens no desenrolar da história, permitindo que fosse possível prever o desfecho facilmente.

Cedo começaram os risos desta noite. A tradução portuguesa do título do filme (“Delícias Gastronómicas”) causou uma gargalhada geral no Grande Auditório. Ainda assim, a obra de Mandry conseguiu manter a atenção dos espetadores graças aos seus momentos de tensão.

Fantasporto 2013 – 4º dia (28 de fevereiro):

Grande Auditório:
15h00 – “Hell’s Ground”, de Omar Ali Kahn (Paquistão)
17h00 – “Exodus”, de Penny Woolcock (GB)
21h15 – “Frostbitten”, de Anders Banke (Sue)
23h00 – “The Aryan Couple”, de John Daly (GB/EUA)

Pequeno Auditório:
21h00 – “Un Novio para mi Mujer”, de Juan Taratuto (Arg)
23h00 – “Iron Doors”, de Stephen Manuel (GB)

Com “Humanity’s End“, os risos foram mais frequentes. O filme de Neil Johnson leva-nos ao ano de 2834, época onde a raça humana (Homo sapiens) está à beira do extermínio. Quem os persegue são os Nephilim, seres híbridos extraterrestres, ajudados por seres humanos geneticamente modificados (Homo-superior).

“Humanity’s End” data de 2009 e foi produzido para o mercado doméstico (DVD, por exemplo). Com uma história, personagens, diálogo, música, montagem e edição pouco trabalhadas, durante o filme surgiram momentos cómicos. Apesar de não ser uma comédia, o público riu-se com as falhas da narrativa – verdadeiros momentos inesperados para quem assistiu.