Esta quinta-feira assinala-se o “Out of Office Day” (ver caixa) e, recentemente, a consultora Vanson Bourne realizou um estudo para a Microsoft Europa, que mostra que 68% dos portugueses acredita que é mais produtivo trabalhar fora do local de trabalho.

Apenas metade das empresas portuguesas tem um regime flexível, no entanto, o trabalho fora de portas não é, ainda, reconhecido como produtivo, pelas firmas. O estudo revela, também, que cerca de 80% dos inquiridos tem por hábito fazer horas extraordinárias e que 63% as cumpre no local de trabalho.

Em que consiste o “Out of Office Day”?

É uma iniciativa que chega, pela primeira vez, a Portugal, e junta as principais entidades intervenientes da economia e da sociedade portuguesa. O conceito já tem grande expressão a nível internacional e consiste num dia em que não é obrigatório ir ao escritório. Ou seja, trabalhar à secretária está fora de questão, por isso, trabalha-se a partir de casa, de um jardim público, de um café…

É certo que quase metade dos inquiridos admitiu ter flexibilidade no seu local de trabalho, no entanto, apenas 14% das empresas possui uma política proativa de trabalho flexível, capaz de apoiar, tecnologicamente, os seus trabalhadores a realizarem em casa o mesmo trabalho que podiam realizar no escritório.

A principal justificação para que os portugueses tenham maior produtividade em casa, prende-se, segundo o estudo, com o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal. Destes, 82%, sobretudo trabalhadores do género masculino, entre os 18 e os 24 anos, considera que uma maior flexibilidade no trabalho vai permitir uma melhor qualidade de vida.

O estudo reuniu opiniões de 1500 trabalhadores, com funções de escritório, em 15 países europeus: Áustria, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça. Portugal foi, também, um dos países envolvidos.