A apresentação foi feita durante a madrugada desta quinta-feira, mas só hoje começaram as alterações. Ou seja, o Facebook vai ganhar um novo design no feed de notícias, ao longo das próximas semanas. Com novos artigos, links para a atividade dos amigos e fotos maiores, a rede social criada por Mark Zuckerberg quer ser melhor do que o Twitter, Tumblr e Pinterest, por exemplo.

“O que estamos a tentar fazer é dar a todas as pessoas do mundo o melhor jornal personalizado”, disse Zuckerberg, o cofundador e chefe-executivo, antes de apresentar o produto principal: um feed de conteúdos de notícias e amigos, organizado.

O algoritmo Edge Rank, que gere o feed de notícias através do percurso do utilizador, vai ser melhorado. Vai passar a ser possível gostar de um jornal e escolher ler as editorias em que se tem mais interesse, bem como pesquisar melhor em aplicações como o Spotify e o Flickr. Além disso, o Instagram vai passar agora a ter ligação com o Facebook, tal como tinha com o Twitter.

Apesar de o site ter conteúdos produzidos pelos utilizadores, o Facebook quer ser a primeira plataforma de notícias a ser consultada, como se fosse “um jornal da manhã, com a possibilidade de partilhar e tornar o mundo mais aberto e ligado”, afirma Mark Zuckerberg. O chefe-executivo realçou, ainda, que “há muitas e boas redes sociais que permitem partilhar conteúdos, mas o Facebook permite que se vejam todos os tipos de conteúdo num único sítio”.

Estudo da Pew Research está na base da mudança

Um inquérito realizado em dezembro de 2012 aos utilizadores do Facebook apresentou resultados preocupantes, no início deste ano. A conclusão do estudo da “Pew Research Center’s Internet and American Life Project” foi de que 61% dos utilizadores americanos adultos tinham estado inativos durante várias semanas.

O Facebook continua a ser a rede social mais utilizada na América. Dois terços dos adultos usam-na regularmente, mas por ser aborrecido ou por falta de tempo para dedicar aos seus perfis, os utilizadores começaram a achar que era apenas uma perda de tempo. Pior ainda, 20% dos inquiridos garantiram que só usaram o Facebook uma vez, ou seja, decidiram desativar as contas.

Também os utilizadores jovens estão a passar menos tempo no Facebook – 42% dos utilizadores entre os 18 e os 29 anos dizem que passam menos tempo no site, e apenas 12% dos utilizadores disseram que o site tem-se tornado mais importante ao longo dos anos.