Durante a noite de quinta-feira, o Grande Auditório do Rivoli foi uma sala quase cheia de espetadores recetivos e bem dispostos. Da Rússia, chegou “White Tiger“, um filme de 2012 baseado em factos reais e realizado por Karen Shaknazarov, um dos mais importantes realizadores russos no ativo.

A história recua à 2.ª Guerra Mundial, para nos falar do sargento Ivan Naydenov que, após quase ser morto numa batalha brutal contra os nazis, torna-se obcecado em destruir o indestrutível “White Tiger”, um tanque de guerra alemão. O filme foi um tributo do realizador ao seu falecido pai, que serviu no exército vermelho. Mesmo sendo um filme “pesado”, conseguiu prender a audiência ao grande ecrã e até despertar algumas gargalhadas.

Na última sessão da noite, foi apresentado o filme britânico “Berberian Sound Studio“, cuja personagem principal, um engenheiro de som a trabalhar para os estúdios de cinema de terror italiano, decide imitar a arte com a realidade. Realizado por Peter Strickland, o filme é um tributo ao giallo, o género italiano de suspense popular dos anos 60, 70 e 80, caracterizado por excessos de estética e um total assalto aos sentidos do espetador.

Esta quinta-feira também foi dia de cinema português, com o filme “Chá Forte com Limão” apresentado no Pequeno Auditório. A exibição do filme de 1993 foi acompanhada por uma homenagem ao realizador António de Macedo, com o Prémio Carreira Fantasporto 2013.