Um retrato de Maria Antonieta, seguido da legenda “Conhecida na corte pelas suas extravagantes perucas; Perdeu a cabeça” é só um dos exemplos das muitas imagens divulgadas pela “História da Arte Brejeira“. Ana Santos é a responsável pela criação do projeto que, segundo a própria, nasceu de uma brincadeira no seio do seu grupo de amigos.

Com origem numa vontade coletiva, “brincar com a arte” é o objetivo: “As ideias das coisas que pomos surgem muito das conversas que temos entre nós”, conta. O crescimento da página, que conta agora com cerca de 21 mil “gostos”, foi, para a autora, uma surpresa. “De repente, a página ganhou uma projeção que eu não estava nada à espera. Espero que as pessoas vejam isto com descontração e que se divirtam”, acrescenta.

Segundo Ana, também “muitos dos seguidores da página já disseram que estão a estudar Belas-Artes ou, precisamente, História da Arte”. A iniciativa chegou mesmo até a alguns professores da estudante. Mas o crescimento levou ao surgir de reações, ainda que a maioria positivas. No entanto, Ana confessa: “Já recebi uma mensagem a dizer : ‘não devem fazer isto à arte, estão a danificá-la’. Mas nós sabemos o que estamos a fazer”, garante.

Uma “brincadeira” didática

Em declarações ao JPN, Ana Santos afirma que a brincadeira assume um caráter didático e de autoaprendizagem, e serviu para dar a conhecer, sob a forma de piada, curiosidades relativas a quadros e teóricos. A comunicação recíproca suscitada pela rede social permite, ainda, à autora, uma aprendizagem com as sugestões dos seguidores da página.

Com um público vasto que se estende além dos jovens universitários, a página chega a várias pessoas: “Já tive colegas meus que me disseram que conhecem pessoas que dizem que não percebem nada de arte, seguem e adoram”, conclui.